RESPEITO

08:58 José Luiz 0 Comments



Sou feliz por minha profissão. Sou professor “de nascença”, como diriam alguns. Professor é pessoa vocacionada, alguém que persiste mesmo quando tudo parece ser contrário. Anda contra os ventos, nada contra as marés. Professor é gente de fé. Não falo de fé espiritual, nem de divindades, mas sim de fé no homem. Fé em cada uma das pessoas que caminham por esta Terra, fé de que elas não são todas iguais ou corrompidas e de que vale a pena se aventurar pela vida em busca do que se acredita, vislumbrando soluções onde muitos sequer enxergam possibilidade.
 
A educação é a maior prova de fé que se pode ter. Enquanto houver dentro de uma sala de aula um professor que acredita no que faz, eu tenho esperanças. Tenho esperanças que poderemos superar toda forma de ignorância e que podemos construir um mundo livre de preconceitos. Ensinar é definitivamente um ato de amor, uma prática solidária, nunca solitária, que se realiza a muitas mãos, muitas mentes e corações.
 
Pode parecer bobo acreditar em tudo isso (em meio a tanta corrupção, tanta violência, tanta maldade espalhada por aí); pode até parecer mais fácil achar que é hora de desistir. Mas eu vou continuar acreditando que vale a pena descruzar os braços e mirar um futuro melhor.
 
De fato, sou levado a concordar com alguns que afirmam categoricamente de que não devemos trabalhar por amor. Devemos sim trabalhar com amor. É uma troca de preposição que faz toda a diferença. Trabalho porque preciso dos proventos que garantem o pão na minha mesa, mas o faço com devotado amor. Se assim não o fosse, aqui estaria um sofredor, um mendigo da alma, um frustrado frustrante. Professor sem amor não é professor. Meu herói carrega um giz na mão como arma contra toda forma de injustiça. A vocês, mestres queridos, sempre sempre o meu respeito.
 
É isso aí!

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