Diálogo
DIÁLOGO
Tem
hora que é preciso se posicionar, dizer às claras o que pensa, sem alterações
na voz, nem exaltações desnecessárias. Longe de mim querer a convivência apenas
com seres subservientes que dizem amém a tudo e a todos. Lidar com pessoas
inteligentes e corajosas nos posicionamentos é privilégio. Porém, o que não
pode ser perdido de vista é a capacidade de exercitar o diálogo.
Diálogo
é a interação entre duas ou mais pessoas através da conversa, da troca, do tão
propalado feedback. Diálogo vem do grego e traz em sua
historicidade a pretensão de estabelecer comunicação, levando-se em conta a boa
vontade e a reciprocidade para ouvir e compreender o outro. Isso não significa
concordar, mas sim considerar no mesmo patamar as opiniões alheias, ou seja,
respeitar o direito ao contraditório. Fundamentalmente, saber que as pessoas
não são cópias inacabadas umas das outras. Cada qual com suas peculiaridades,
seu modos próprios de enxergar a vida.
Na
discordância, algumas vezes, as pessoas lançam mão de acusações, distanciam-se
diminuindo o valor de quem não faz coro às suas posições ideológicas. Isso é
mal. "Eu desaprovo o que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito
de dizê-lo". Largamente utilizada e creditada a Voltaire, célebre pensador
francês, esta frase é de Evelyn Beatrice Hall, escritora
britânica, que a utilizou em correspondência com o mesmo. É o símbolo da
liberdade de expressão. Podemos e temos o direito de dizer o que pensamos, mas
há jeito de expressar o que pensamos. Que nossa palavra seja feito faca que
corta o alimento e mata a fome, nunca usada como lâmina feroz que assassina,
dilacera ou invalida.
É
isso aí!
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