Diálogo

10:39 José Luiz 0 Comments



DIÁLOGO

Tem hora que é preciso se posicionar, dizer às claras o que pensa, sem alterações na voz, nem exaltações desnecessárias. Longe de mim querer a convivência apenas com seres subservientes que dizem amém a tudo e a todos. Lidar com pessoas inteligentes e corajosas nos posicionamentos é privilégio. Porém, o que não pode ser perdido de vista é a capacidade de exercitar o diálogo.

Diálogo é a interação entre duas ou mais pessoas através da conversa, da troca, do tão propalado feedback.  Diálogo vem do grego e traz em sua historicidade a pretensão de estabelecer comunicação, levando-se em conta a boa vontade e a reciprocidade para ouvir e compreender o outro. Isso não significa concordar, mas sim considerar no mesmo patamar as opiniões alheias, ou seja, respeitar o direito ao contraditório. Fundamentalmente, saber que as pessoas não são cópias inacabadas umas das outras. Cada qual com suas peculiaridades, seu modos próprios de enxergar a vida.

Na discordância, algumas vezes, as pessoas lançam mão de acusações, distanciam-se diminuindo o valor de quem não faz coro às suas posições ideológicas. Isso é mal. "Eu desaprovo o que dizes, mas defenderei até a morte o seu direito de dizê-lo". Largamente utilizada e creditada a Voltaire, célebre pensador francês, esta frase é de Evelyn Beatrice Hall, escritora britânica, que a utilizou em correspondência com o mesmo. É o símbolo da liberdade de expressão. Podemos e temos o direito de dizer o que pensamos, mas há jeito de expressar o que pensamos. Que nossa palavra seja feito faca que corta o alimento e mata a fome, nunca usada como lâmina feroz que assassina, dilacera ou invalida.

É isso aí!


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