CAJÁ-MANGA

14:49 José Luiz 0 Comments






Foi assim. Um dia ela chegou com uns frutos na mão. Depois de apreciar a polpa, colocou as sementes para secar. Preparou uns vasinhos e pôs para germinar. Logo, virou muda. Transplantou para um vaso maior. Faz alguns poucos meses. A planta então floriu e começa a vir os frutos, dezenas deles. Observando o pé de cajá-manga lá de casa, cheguei a uma constatação. É preciso cuidado, zelo, carinho para que as coisas brotem e venham a dar frutos. Nada vem como obra do mero acaso. Tudo é fruto do esforço, da atenção com que dedicamos às menores causas.


Como uma espera do jardineiro que prepara a terra, cuida e faz com o que o jardim que um dia habitou apenas os sonhos venha para o chão fertilizado com as melhores intenções, ela assim o fez. Professei que haveria de saborear os frutos dessa árvore. O dia está chegando. Compromisso nosso fazer das sementes um tanto de mudas para espalhar para as pessoas queridas, cumprindo a sina dos que escolheram propagar coisas boas.


A cajá-manga vai nos ensinando que aquele que cria as condições certas, um dia há de colher. O resultado não há de ser outro. É fazer a sua parte, nutrindo junto o sentimento da colaboração, se assim for possível. Se sonha um dia chegar a algum lugar, coloque-se a peregrinar. Não é estacionado que vai descobrir o rumo. Só tem um jeito de aprender a caminhar: caminhando.


Quisera eu ter a sabedoria das plantas, que sabem a hora certa de vir à tona, de florir o mundo, de trazer o sabor dos frutos. O fruto é bom, é colorido, para que os seres se apeteçam e ajudem na distribuição das sementes. Se encantar, nossos frutos também ganharão outros terrenos. 


É isso aí!

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