CAJÁ-MANGA
Foi assim. Um dia
ela chegou com uns frutos na mão. Depois de apreciar a polpa, colocou as
sementes para secar. Preparou uns vasinhos e pôs para germinar. Logo, virou
muda. Transplantou para um vaso maior. Faz alguns poucos meses. A planta então floriu
e começa a vir os frutos, dezenas deles. Observando o pé de cajá-manga lá de
casa, cheguei a uma constatação. É preciso cuidado, zelo, carinho para que as
coisas brotem e venham a dar frutos. Nada vem como obra do mero acaso. Tudo é
fruto do esforço, da atenção com que dedicamos às menores causas.
Como uma espera
do jardineiro que prepara a terra, cuida e faz com o que o jardim que um dia
habitou apenas os sonhos venha para o chão fertilizado com as melhores
intenções, ela assim o fez. Professei que haveria de saborear os frutos dessa
árvore. O dia está chegando. Compromisso nosso fazer das sementes um tanto de
mudas para espalhar para as pessoas queridas, cumprindo a sina dos que escolheram
propagar coisas boas.
A cajá-manga
vai nos ensinando que aquele que cria as condições certas, um dia há de colher.
O resultado não há de ser outro. É fazer a sua parte, nutrindo junto o
sentimento da colaboração, se assim for possível. Se sonha um dia chegar a
algum lugar, coloque-se a peregrinar. Não é estacionado que vai descobrir o
rumo. Só tem um jeito de aprender a caminhar: caminhando.
Quisera eu ter
a sabedoria das plantas, que sabem a hora certa de vir à tona, de florir o
mundo, de trazer o sabor dos frutos. O fruto é bom, é colorido, para que os seres
se apeteçam e ajudem na distribuição das sementes. Se encantar, nossos frutos
também ganharão outros terrenos.
É isso aí!
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