Zé Luiz
MEU RESPEITO*
Tem uma linha
de pensamento correndo por aí que diz que professor não deve trabalhar por
amor. Vamos conversar, tentar refletir sobre. Professor é vocacionado, alguém
que persiste mesmo quando tudo parece ser contrário. Anda contra os ventos,
nada contra as marés. Professor é gente de fé. Não falo de fé espiritual, nem
de divindades, mas sim de fé no homem. Fé em cada uma das pessoas que caminham
por esta Terra, fé de que elas não são todas iguais ou corrompidas e de que
vale a pena se aventurar pela vida em busca do que se acredita.
A educação é a maior prova de fé que se pode ter. Enquanto houver dentro de uma sala de aula um professor que acredita no que faz, eu tenho esperanças. Tenho esperanças que poderemos superar toda forma de ignorância e que podemos construir um mundo livre de preconceitos em que todos nós (gays, negros, brancos, imigrantes, ateus ou crentes) lutemos juntos. Ensinar é um ato de amor.
Pode parecer bobo acreditar em tudo isso (em meio a tanta corrupção, tanta violência, tanta maldade espalhada por aí), pode parecer mais fácil achar que é hora de desistir. Mas eu vou continuar acreditando que vale a pena descruzar os braços e mirar um futuro melhor.
Volto ao
primeiro início do texto e digo que, por vias tortas, até topo em concordar que
não devemos trabalhar por amor. Devemos sim trabalhar com amor. É uma troca de
preposição que faz toda a diferença. Trabalho porque preciso dos proventos que
garantem o pão na minha mesa, mas o faço com devotado amor. Se assim não o
fosse, aqui estaria um sofredor, um mendigo da alma, um frustrado frustrante. Professor
sem amor não é professor. Meu herói carrega um giz na mão como arma contra toda
injustiça. A vocês, mestres queridos, sempre sempre o meu respeito.
É isso aí!
* Baseado
livremente em um texto escrito por Alexandre de Paula.
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