Zé Luiz

14:04 José Luiz 0 Comments


MEU RESPEITO*

Tem uma linha de pensamento correndo por aí que diz que professor não deve trabalhar por amor. Vamos conversar, tentar refletir sobre. Professor é vocacionado, alguém que persiste mesmo quando tudo parece ser contrário. Anda contra os ventos, nada contra as marés. Professor é gente de fé. Não falo de fé espiritual, nem de divindades, mas sim de fé no homem. Fé em cada uma das pessoas que caminham por esta Terra, fé de que elas não são todas iguais ou corrompidas e de que vale a pena se aventurar pela vida em busca do que se acredita.

A educação é a maior prova de fé que se pode ter. Enquanto houver dentro de uma sala de aula um professor que acredita no que faz, eu tenho esperanças. Tenho esperanças que poderemos superar toda forma de ignorância e que podemos construir um mundo livre de preconceitos em que todos nós (gays, negros, brancos, imigrantes, ateus ou crentes) lutemos juntos. Ensinar é um ato de amor.

       Pode parecer bobo acreditar em tudo isso (em meio a tanta corrupção, tanta violência, tanta maldade espalhada por aí), pode parecer mais fácil achar que é hora de desistir. Mas eu vou continuar acreditando que vale a pena descruzar os braços e mirar um futuro melhor.

Volto ao primeiro início do texto e digo que, por vias tortas, até topo em concordar que não devemos trabalhar por amor. Devemos sim trabalhar com amor. É uma troca de preposição que faz toda a diferença. Trabalho porque preciso dos proventos que garantem o pão na minha mesa, mas o faço com devotado amor. Se assim não o fosse, aqui estaria um sofredor, um mendigo da alma, um frustrado frustrante. Professor sem amor não é professor. Meu herói carrega um giz na mão como arma contra toda injustiça. A vocês, mestres queridos, sempre sempre o meu respeito.

É isso aí!
* Baseado livremente em um texto escrito por Alexandre de Paula.


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