Zé Luiz

20:29 José Luiz 0 Comments


Que o tempo sorria...

Quase ninguém tem tempo. Corremos para cima e para baixo de forma ininterrupta. Corremos contra o tempo. Temos compromissos e obrigações pela manhã, à tarde e depois que o sol se põe. Hoje, quase não tive tempo. O dia voou. Ocupamos nossos dias de forma tão sôfrega e intensa para que no porvir, enfim, possamos ter tempo. O que espero, na melhor das esperanças, é que quando tiver tempo, ainda dê tempo.

Tem hora que a vasilha parece querer entornar. Chega a beijar a beirada, mas logo vem algo que faz com que as forças sejam recuperadas e as boas energias voltem a fluir. As tarefas são tantas. É um prazer tê-las. Louvo a Deus por tê-las. Ai de mim, se não existissem. Fazem de mim o homem que sou.

Ainda quero mais. Quero inventar melhores tarefas. Quero brincar de tarefar, de criar novos caminhos, de cantar novas canções. Quero poder até inventar novos verbos, em neologismos que pululam em minha mente que se deleita em desafios e arrojos.

Não serei homem de posses. Minha riqueza é imensa, mas não tem brilho de ouro, tem brilho de olhos. E que o tempo seja generoso, mesmo que passe bem rápido, que voe como cabem aos momentos bons. Que eu possa colar um sorriso no rosto até no último de meus dias. Mesmo na dor, que ele, o sorriso, não desgrude de mim; seja perene, seja sereno.

O mundo gira sem parar. Nesses rodopios incessantes, as rugas chegam, os cabelos ficam prateados, quando não rareiam. Tudo vai ganhando outras formas, outros contornos. Que eu permita que a mudança também chegue até minha alma. E que venha feito brisa, sem maiores arroubos, nem ventos impiedosos, tornando-me um sujeito com menores defeitos.

É isso aí!

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