Zé Luiz

10:44 José Luiz 0 Comments


JOGO

Viver é aventura e uma responsabilidade. É uma tarefa sobre a outra; acaba aqui para prosseguir com outra ali. Veja quantas coisas temos de cuidar, quantas metas a cumprir, tantos objetivos a serem alcançados. O que de fato dá prazer é jogar, é brincar, é sorrir. Alguns já disseram que devemos brincar de viver e que tudo não passa de um jogo. Posto isto, deveríamos abrir as cortinas, assumir o espetáculo, antes que chegue um “game over” e tudo vire pó.

Encontremos no trabalho, na convivência com a família e todos os outros um meio de se deixar conduzir pelos meandros da brincadeira, das regras inusitadas do existir. Isso tudo tem um ponto de chegada. A morte vai encontrar uma desculpa e vai dar as cartas mesmo. Ela, a indesejada das gentes, mata os passarinhos, aniquila as plantas, beija com o selo fatal até os mais puros dos seres. Inocente seria acreditar que podemos ludibriá-la. O que de fato vale então é o tanto de vezes que despejamos uma gargalhada pelo ar que ressoa por tempos e, mesmo depois, faz ressonância na nossa cabeça por outros tantos tempos.

Enquanto isso, vamos driblando os entraves e superando os obstáculos, marcando nossos pontos. Nesse jogo, às vezes, vamos perder mais que ganhar. Mas, terá valido muito a pena por simplesmente saber que jogamos, tivemos o privilégio que participar, de fazer parte, de ser história. Tem quem sequer entra em campo, acovarda-se, esconde os talentos, muitos por medo não da derrota, mas pelo temor das responsabilidades que recaem sobre os ombros dos vitoriosos. O suor, o sorriso, uma vida mais fértil, justificam os esforços e são os louros de quem se aventurou a caminhar um pouco mais além.

É isso aí!

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