Zé Luiz
JOGO
Viver é
aventura e uma responsabilidade. É uma tarefa sobre a outra; acaba aqui para
prosseguir com outra ali. Veja quantas coisas temos de cuidar, quantas metas a
cumprir, tantos objetivos a serem alcançados. O que de fato dá prazer é jogar,
é brincar, é sorrir. Alguns já disseram que devemos brincar de viver e que tudo
não passa de um jogo. Posto isto, deveríamos abrir as cortinas, assumir o
espetáculo, antes que chegue um “game over” e tudo vire pó.
Encontremos no
trabalho, na convivência com a família e todos os outros um meio de se deixar
conduzir pelos meandros da brincadeira, das regras inusitadas do existir. Isso
tudo tem um ponto de chegada. A morte vai encontrar uma desculpa e vai dar as
cartas mesmo. Ela, a indesejada das gentes, mata os passarinhos, aniquila as
plantas, beija com o selo fatal até os mais puros dos seres. Inocente seria
acreditar que podemos ludibriá-la. O que de fato vale então é o tanto de vezes
que despejamos uma gargalhada pelo ar que ressoa por tempos e, mesmo depois,
faz ressonância na nossa cabeça por outros tantos tempos.
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