Zé Luiz
O DIA CHEGOU
Tem coisas que
duram uma vida, outras parecem durar. Há quatro anos, ele foi daqui para um
mundo gigante, para enfrentar outras paragens. Sozinho? Nem tanto. Nossa presença
foi tão intensa, por orações, Skype e telefone, que a distância encurtou-se. O
tempo se encarregou de trazer a maturidade, a coragem do enfrentamento, o êxito
nas empreitadas. Essa é sua ultima semana como estudante. Nesses anos intensos,
construiu boas relações, teve bom desempenho, fez sua parte, fez um pouco além.
Teve muita
lágrima, muito medo, até mesmo insegurança. Mas, nunca se ausentou a
determinação; nunca faltou o caráter firme; nem se afastou o desejo de superar
as adversidades. Meu menino cresceu. Suas asas estão prontas para voos ainda
mais arriscados. Foi-se para nunca mais morar em casa, apesar do quarto ainda
arrumado, dos livros na estante, das lembranças que teimam em perdurar. De uma
coisa ele vai ter certeza até o resto de meus dias: haverá sempre um cantinho
onde possa repousar seu corpo cansado; sempre terá um colo, um ombro para
encostar e contar suas desesperanças e também suas alegrias, por que não?
No dia de sua
formatura, não me peçam para segurar. Quero derramar as lágrimas que tiver
acumulado. Guardei-as para esse momento. Há quatro anos, escrevi que o menino
havia partido. Hoje, escrevo que partiu menino para se tornar ainda mais homem.
Viva esse momento tão seu, tão nosso. Parabéns!
Ah, esse meu jeito de me repartir
tanto assim com vocês. Tenho até de pedir perdão. Pensando bem... se chegou até
esse ponto do texto, vai me entender. E se não fosse dessa forma, nem seria eu.
Obrigado!
É isso aí!
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