Zé Luiz
FLECHA
Para quem quer
acreditar em algo, tudo conspira para tal. Procura pelo em ovo até achar, mesmo
que a existência daquele pelo ali não faça o menor sentido. Tem situação em que
a verdade chega a ser ululante, salta aos olhos, mas a lenda há de prevalecer.
Talvez seja melhor acreditar nos mitos absurdos a dar crédito a algo
verossímil. Imaginam-se coisas, julga-se a partir dos próprios conceitos e
crenças, e saem, numa altivez constrangedora, espalhando as conclusões
apressadas e, algumas vezes, injustas sobre algo ou alguém.
Quem se diz
inteligente, deve ter inteligência – que não é sinônimo de sabedoria – para
discernir o que é procedente e o que é mera fantasia de gente maliciosa e não
colaborar na propagação de histórias por vezes improcedentes. Jogar polvilho
para o alto é coisa fácil. Quero ver juntar tudo para trás. Em tempos de redes
e emaranhados, tudo ficou mais fácil. Tenho visibilidade e crédito para falar o
que bem entender. Criamos coragem para expor os pensamentos, o que é bom. Entretanto,
essa liberdade exige ainda mais responsabilidade e reflexão acerca de todo esse
poder conferido. Flecha depois de lançada não tem mais volta. Não se pode
levantar suspeitas com base somente nos achismos e teorias geradas numa mente
criativa e tendenciosa. Ética é quando faço ao outro aquilo que entendo justo
que também façam para e por mim.
Em frente,
segue a vida. É tempo de ponderar mais, acredito. É tempo ainda de destinar aos
outros um olhar menos desconfiado e um pouquinho mais amoroso, desprovido de
ranços e preconceitos, caso possível. Pelo menos, vou tentar. Terá valido a
pena a mínima intenção.
É isso aí!
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