Zé Luiz
DERIVA
Qual o sentido
da vida? O que justifica nossa permanência na Terra? “Penso, logo existo”.
Descartes deixou a máxima que nos induz a uma conclusão, sem maiores divagações
filosóficas e livremente interpretando, de que a vida está sob nosso domínio a
partir do momento em que não somos atores submissos e temos o poder de refletir
e inferir sobre ela.
O homem vive na constante busca por
explicações e teorias que minimamente fundamentem as razões da existência.
Busca na religião ou na ciência as respostas que anseia receber para explicar
todas suas angústias e dúvidas. Estuda, pensa, reflete e chega à fatídica conclusão
de que nada faz sentido. Na verdade, o sentido reside justamente em não ter
sentido. O fato de existir explica por si só. O sentido, pois, está em existir.
Quisera eu ter o dom de decodificar e tornar palatável a filosofia de tal
maneira que pudessem todos compreendê-la. Parece pretensão tola querer
minimizar o potencial dos homens que pensaram e pensam o mundo. Longe de mim
esse fardo. Se não fosse a investigação, movida pela curiosidade, e a latente
vontade dos pensadores em explorar os significados de tudo seríamos folhas ao
vento, barco à deriva à mercê de ondas ainda mais incompreendidas.
Não podemos é correr o risco de
assistir a vida passando, brigando com ela, dando murros no vácuo, e jogando
fora a oportunidade rica de fazer história. Viver é o sentido de tudo. O legado
que deixamos conta o valor de nossas vidas. Alguns erguem paredes que
desmoronam com o tempo, outros deixam construções que permanecerão para a
posteridade.
É isso aí!
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