Zé Luiz

16:16 José Luiz 0 Comments



Meio sem voz...

Amanheci quase sem voz. Jejum de voz, contenção de opiniões faladas; economia no falar, exercício do ouvir. Para quem usa muito a voz como ferramenta de trabalho e como meio de inserir-se no mundo, ficar afônico deixa a gente meio apreensivo, pertinho de desesperado, para ser mais claro. Estou quase tendo de escrever para ser compreendido. Chega a dar fadiga querer falar e a voz teimar em não sair. Fazer o quê? Como diriam alguns amigos: “faz parte”. Pelo menos, vou dar sossego aos que dizem que virei sócio das rádios. Sequer poderei cantar por esses dias: sorte dos familiares que aturam minhas audições caseiras.
Não é a primeira vez. Como alérgico, de vem em sempre, essas crises se atrevem a me acometer. Pode parecer pilhéria, mas já ministrei aulas, inúmeras vezes, completamente rouco e sem força na voz. Se bem que hoje está mais fácil. Os recursos midiáticos colaboram muito com os mestres dos novos tempos. Nada que um datashow e uns bons acenos não possam resolver.
Por ser caxias, não gosto de me ausentar do trabalho. Então peço paciência àqueles que têm de conviver comigo assim meio sem voz. Pior seria se não pudesse ouvir, nem ver, nem andar. Na verdade, sou mesmo um privilegiado. A voz volta logo. É só tentar permanecer em silêncio mais um tempinho, tomar uns comprimidos, chupar umas pastilhas, apreciar o chá com folha de laranja adoçado com mel feito pela patroa, evitar o sereno... Ufa!
É isso aí!

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