Zé Luiz
REVIGORAR
Nesses dias que
antecedem as festas de fim de ano, ficamos com as emoções à flor da pele. Uns,
alegam melancolias e saudades; outros, preferem se aconchegar à família e às
festividades. O que vale mesmo num tempo deste é poder se perdoar. É hora de
reciclar o espírito, retirar as quinquilharias que só atrapalham, como se
fôssemos acumuladores de maus sentimentos. Precisamos perdoar primeiro a nós
mesmos, absolver nossas omissões, anistiar nossos excessos, nossas
impetuosidades ou mesmo nossa falta de ação. E já vou logo perdoando os erros
futuros, que são certos, inevitáveis. Devemos ainda perdoar os que nos rodeiam,
fazer prevalecer o laço fraternal que nos une. Tem hora que somos tão afáveis
com os colegas de trabalho, com as gentes que nos cercam no meio social e somos
tão impacientes com a quem a gente mais ama. Mas, a gente se ama tanto, mas
tanto, que nem cicatriz fica: a pomada do amor é eficaz demais. Isso, porque a
gente se perdoa.
É tempo de
esquecer antigas mágoas, de pacificar a alma, de esparramar bons presságios, de
visitar os amigos, de rever os familiares que, apesar de morarem na mesma
cidade, não vemos há meses. O coração parece fragilizado porque as lágrimas
caem à toa. Ledo engano, ele está mesmo é batendo mais forte, mais ritmado,
mais saudável, cadenciado pela vontade de se harmonizar, entrelaçar, revigorar
as ligas que nos fazem comunidade.
É isso aí!
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