Zé Luiz
É sempre tempo...
Eu,
aqui com minhas idiossincrasias e meus botões, vou percebendo e observando
nossas variações de humor, nossos estados de espírito volúveis e voláteis,
nossos pontos de vista tão mutáveis e mutantes. Somos capazes de sair dos
píncaros da ira à serenidade da meditação em minutos. Na ira, falamos o que não
deveríamos nunca falar; agimos como nunca deveríamos agir; machucamos quem
nunca deveríamos ultrajar. O filtro que deveria funcionar entre a mente e a
boca nem sempre tem a eficácia esperada. Por vezes, tem as malhas grandes
demais, dão vazão ao que não poderia escapar. Só arrependimento não basta. Criemos
meios para que magia do reencontro se estabeleça, que venha com ânimo, que chegue
para ficar.
Humanos,
somos seres a caminho. Rebuscando a forma para achar a medida certa. Como ourives
e alquimistas, vamos forjando a forma (ô). E quando pensa que achou a fórmula,
vem o tempo e põe tudo abaixo. Aí, resta recomeçar. Lá na frente, cair de novo,
tentar de novo, prosseguir.
Ficamos
preocupados, tentando dar resposta a tudo, acertar o tempo todo, impecáveis
estátuas. Ilusão. Ninguém é perfeito, nada é perfeito. A perfeição reside na
beleza da reconstrução, na possibilidade do novo, na esperança renovada.
É
tempo de rever conceitos, refazer propostas, estabelecer novos desafios,
corrigir a rota, acertar o prumo, retomar o leme. Oportunidade propícia para reatar
os laços, passar pomadas nos ferimentos, desfazer-se de correntes e grilhões. Toda
hora é hora para se redimir, para se refazer, para permitir mudanças.
É
isso aí!
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