José Luiz
GESTÃO
ESCOLAR EFICIENTE (2)
Dando continuidade ao assunto abordado
na semana anterior, saliento que é notório que a gestão na democracia pressupõe
a presença de choque e conflitos, divergências, atritos, competição. Negar o
conflito é camuflar a realidade, pois a interação humana é produtora de cismas
e rupturas. Tudo isso faz com que a escola seja de fato um “organismo vivo”
formado por seres autônomos e pensantes, não apenas por seres subservientes,
que obedecem ao “status quo” sem maiores questionamentos. Os pais devem sair da
condição de pessoas que simplesmente cumprem ordem para assumirem a categoria
de seres que influenciam e colaboram na tomada de decisões. A escola é espaço
privilegiado de inserção social, onde a família se apropria da prerrogativa de
instituição basilar e transformadora da sociedade.
A eleição do gestor requer uma reflexão
mais apurada, quando se percebe que há uma grande divagação sobre esse fator,
em que se acredita que a eleição seja a panaceia de todo o processo democrático
e que a gestão se concretiza de fato a partir da eleição. Mero engano, pois a
eleição é o ponto visível do processo, a ponta da pirâmide, apesar de ser um
ato democrático importante. As atitudes veladas tomadas no cotidiano escolar é
que realmente ditam o teor da gestão democrática. A democracia se efetiva
necessariamente nas ações diárias, nas posições delegadas, na distribuição de
poder e no respeito aos envolvidos. Conheço muitas escolas com o processo de
eleição para diretor já cristalizado há anos, porém com gestores quase déspotas
e, ainda, escolas com gestores nomeados por indicação que exercem a democracia
em toda e qualquer ação. É recomendável, então, que o processo seja equilibrado
continuamente com a participação de todos, inferindo e promovendo as devidas
intervenções nas tomadas de decisão.
É isso aí!
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