José Luiz

09:21 José Luiz 0 Comments


GESTÃO ESCOLAR EFICIENTE (2)

        Dando continuidade ao assunto abordado na semana anterior, saliento que é notório que a gestão na democracia pressupõe a presença de choque e conflitos, divergências, atritos, competição. Negar o conflito é camuflar a realidade, pois a interação humana é produtora de cismas e rupturas. Tudo isso faz com que a escola seja de fato um “organismo vivo” formado por seres autônomos e pensantes, não apenas por seres subservientes, que obedecem ao “status quo” sem maiores questionamentos. Os pais devem sair da condição de pessoas que simplesmente cumprem ordem para assumirem a categoria de seres que influenciam e colaboram na tomada de decisões. A escola é espaço privilegiado de inserção social, onde a família se apropria da prerrogativa de instituição basilar e transformadora da sociedade.
        A eleição do gestor requer uma reflexão mais apurada, quando se percebe que há uma grande divagação sobre esse fator, em que se acredita que a eleição seja a panaceia de todo o processo democrático e que a gestão se concretiza de fato a partir da eleição. Mero engano, pois a eleição é o ponto visível do processo, a ponta da pirâmide, apesar de ser um ato democrático importante. As atitudes veladas tomadas no cotidiano escolar é que realmente ditam o teor da gestão democrática. A democracia se efetiva necessariamente nas ações diárias, nas posições delegadas, na distribuição de poder e no respeito aos envolvidos. Conheço muitas escolas com o processo de eleição para diretor já cristalizado há anos, porém com gestores quase déspotas e, ainda, escolas com gestores nomeados por indicação que exercem a democracia em toda e qualquer ação. É recomendável, então, que o processo seja equilibrado continuamente com a participação de todos, inferindo e promovendo as devidas intervenções nas tomadas de decisão.
        É isso aí!

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