José Luiz
REFRIGÉRIO
Tenho andado
bem atarefado nos últimos tempos, mais até que em outras épocas. Apesar do
cansaço, aprecio o ritmo corrido, de todo dia acordar com um punhado de coisas
para resolver. Faz-me sentir vivo, útil, em caminhada. O acúmulo de funções e
tarefas é o reflexo da era da pressa, um tempo em que tudo urge, tudo é para
ontem. Fazer as coisas com o máximo de
esmero, mesmo no afogadilho da modernidade, sob a pressão do imediatismo, é uma
missão bem complexa e exige uma condição mental/emocional e uma capacidade de
trabalho cada vez maior e melhor. Caso nos embrenhemos com muita voracidade no
trabalho, sem ter uma estrutura psíquica e uma saúde física condizente com as
exigências, podemos tombar, naufragar no auge da empreitada e sucumbir perante
as dificuldades em atender as expectativas.
Para não cair
em derrocada, nem desmoronar, é bom que tenhamos um porto seguro onde amparar,
onde buscar abrigo. Sozinho, posso vir ao chão. Junto com o outro, posso me proteger
em seu ombro e prosseguir de pé. A família, os amigos e os amores fazem a vida
ter bem mais sentido. É sempre muito bom voltar para casa ao final de um dia extenuante.
Encontrar guarida nos braços, abraços e olhares dos entes queridos é um
refrigério que faz muito bem para a alma, uma força renovadora que revigora.
Aquele que tem esse privilégio, tem um tesouro sem tamanho. Valorize, usufrua,
retribua.
É isso aí!
0 comentários:
Postar um comentário