José Luiz

16:10 José Luiz 0 Comments


Alguém recomendou a uma amiga que colocasse na parede de um dos cômodos da casa um quadro contendo seus maiores sonhos que poderiam ser um carro importado, uma casa com piscina ou uma viagem ao exterior. Achei até interessante a sugestão, partindo do princípio de que as pessoas devem de fato almejar boas coisas na vida. No entanto, encasquetou-me os neurônios o fato de que apenas foram relacionados itens que dizem respeito ao bem estar material. Na verdade, é preciso da matéria para viver, mas não podemos fazer da matéria o único sentido da vida. Uma pergunta deveria pairar sempre nas nossas cabeças: o que tenho é suficiente para que eu seja feliz? Na lista dos desejos, poderia estar a formatura do filho, a saúde da família, a felicidade dos amigos e tantas outras coisas que o dinheiro, por si só, não pode comprar.

Em meio a tanta turbulência, vivemos numa sofreguidão danada, pressionados pelo afã de sempre querer mais, de acumular patrimônio, com o peito apertado pela frustração de que algo sempre está faltando. É o sintoma claro da ambição, cujo saco nunca enche, cuja sede nunca é saciada.

Triste sina a de quem persegue a todo custo a conquista de bens que não são possíveis de serem transportados no momento da passagem inevitável, da “indesejada das gentes”. Gosto daqueles que sonham, que têm planos, que almejam vitórias. É o que faz a humanidade seguir avante, não permite que as coisas estacionem. Porém, aliados a este avanço, o ser humano precisa crescer como gente, estabelecer medidas de progresso para a alma, aprimorando a mente, refrigerando o espírito. Talvez, valha a pena tentar.

É isso aí!

0 comentários: