José Luiz

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O TEMPO CERTO

Tem hora que temos de ter a coragem de permitir que as coisas amadureçam para que possamos tomar a atitude certa. Já reparou quantas vezes na vida nos arrependemos de algo que fizemos ou falamos, fruto da impulsividade e da explosão de um momento de desconforto? Depois, talvez em tempo recorde, vem a insatisfação íntima da precipitação desnecessária, que poderia ser resolvida com a pomada do tempo, que as palavras poderiam esperar mais um pouco para que viessem a ganhar a forma da sabedoria e não os contornos de um turbilhão de insensatez.

Às vezes, é preciso deixar o problema adormecer para que ele vire solução. Muitos conflitos passam a se tornar bobices num prazo de um dia, ou de uma breve noite de sono. Na hora da raiva, tudo o que devemos fazer é não fazer, nem falar nada. Na dúvida, deixe para depois. Não é a apologia ao ostracismo existencial, mas sim a ousadia em sugerir que se possibilite o tempo de maturação das coisas. Podemos sim, sermos autênticos e verdadeiros. Isso, porém, não nos dá o direito de sermos grosseiros e ácidos com o semelhante. Fale o que quiser, mas o faça nutrido pelo sentimento da amorosidade e sempre norteado pelos princípios da ética. Diga tudo aquilo que desejaria que o outro dissesse a você.

Custo compreender aqueles que têm a predileção pela guerra. Carregam sangue nos olhos e um punhal imaginário nas mãos. Sinceramente, tenho afeição pelos que procuram a paz, sem serem omissos; que selecionam as palavras, sem nunca deixarem de dizê-las; que fazem o bem, proativamente, sem esperar nada em troca, nem aplausos, nem prêmios. Obrigado por ainda existirem e persistirem, apesar das contrariedades e controvérsias.

É isso aí!

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