José Luiz
OBSERVANDO...
Sou um observador por aptidão e por opção. Não destes que vivem a bisbilhotar a vida alheia e a tecer comentários pejorativos ou perniciosos, mas sim daqueles que analisam o comportamento humano nas suas menores ações que, de tão comuns, tornam-se universais. Longe de ser um Darwin ou um Freud, tenho me aventurado a analisar o jeito das pessoas agirem. Tem uns que atuam com extrema benevolência em tudo o que fazem, com grande dificuldade para a negação e com uma capacidade ímpar para darem solução positiva para as mais variadas situações. Chamo-as de personalidades do “sim”. Estão sempre aptos a colaborar, a cooperar para que as coisas cheguem a bom termo. Esta dificuldade em impor seus pensamentos e deixar claros seus limites, por vezes, coloca-o em situação de desagrado íntimo. Sabe que não pode atender, talvez em detrimento próprio, mas não reúne forças para recusar a empreitada.
Por outro lado, há uma espécie de ser humano que vive a filosofia do “não”: estão presos sob a ditadura da negatividade, nunca acham que as coisas vão dar certo, nem fazem jeito para que isso aconteça. Pode até ser que colaborem, mas não antes de rezar uma verdadeira ladainha de percalços, impondo toda sorte de impedimentos. Escravos do “não”, sempre olham as coisas com desconfiança e quase nunca estão prontos a favorecer o outro, por mais aflição que alguém manifeste. Lamentos não costumam sensibilizá-los. Tratam as pessoas com frieza e não costumam olhar nos olhos, pois isso incomoda, e muito.
Tarefa difícil essa de tentar encontrar o equilíbrio tão almejado. Certamente seria bastante salutar, favorecendo a boa convivência humana, saber dosar nossas reações perante as diversas situações vividas. Poder servir como luz para clarear o caminho do outro é missão agradável de ser cumprida, sem permitir também que nossa inocência nos faça marionetes nas mãos de gente sem consciência.
É isso aí!
1 comentários:
Realmente Zé Luiz. O equilíbrio é sempre desejada e muitas vezes difícil de se conseguir. Até por que o que parece ser equilibrado para uns, não o é para muitos outros, não é mesmo?
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