José Luiz

11:01 José Luiz 0 Comments

DEZEMBRO

Quando estiver lendo este texto, estará chegando no último mês do ano. Reparou como 2011 foi um tiro? Apesar das controvérsias, gosto muito do mês de dezembro. Tem uma aura diferente. É tempo de pegar a arvorezinha guardada naquela surrada caixa num canto da casa e montá-la preferencialmente a muitas mãos; montar o presépio e colocá-lo em lugar de destaque. Aparentemente inocentes, são coisas que dão liga à família. Passeio, com a mulher e os meninos, pela cidade só para apreciar as luzes de Natal. Tem-se a impressão de que as pessoas ficam mais afetuosas neste tempo, menos propensas às rusgas e mais afeitas ao diálogo e à tolerância.

Dezembro é mês de fechamento. Você vai ajeitando as gavetas, retirando os papéis obsoletos, as coisas desalinhadas e deixando tudo em ordem para iniciar o próximo ano um pouco mais organizado. É importante remover as teias de aranha que insistem em grudar nos objetos, ou na alma. Engraçado como tanta coisa aconteceu e parece que, mesmo assim, até agora não houve tempo suficiente para concluir todo o planejado. Acontece que muitas vezes o planejado muda de curso e outros projetos cometem a ousadia de se inserirem nos meandros de nossas vidas. Aí, talvez, resida a mágica do viver: a possibilidade do novo ocupar espaço, do inusitado tomar forma e chegar chegando como quem não quer nada e, de repente, fazer-se essencial.

Permito-me acreditar nas pessoas e no que elas podem produzir de melhor, apesar das falhas que o humano persevera em transportar. Há sempre uma descoberta no final e uma oportunidade de recomeçar. O que pode representar o fim, talvez seja a chance de dar uma guinada e produzir um novo epílogo da sua história.

É isso aí!

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