José Luiz
Amigos, que loucura! O ano já está terminando. Estamos às vésperas do período natalino, já começando a tirar das caixas os enfeites para montar a árvore da Natal. O tempo voa. Parece sandice, mas tem-se a impressão de que os dias nunca passaram tão rápido. Acredito que deva ser pelo turbilhão de afazeres que nos cerca todos os dias. É tanta coisa para realizar, com prazos definidos e finalidades pré-estabelecidas, que ficamos mergulhados até o pescoço, apenas com a cabeça de fora, clamando por um pouco de ar. O mundo virou uma pressa só, tudo com hora certa para entregar, com metas a cumprir.
Daqui a pouco chega o próximo ano. Tudo faz parte de um eterno recomeço. Novos projetos chegarão e outros ganharão nova oportunidade de concretização. No afogadilho de vidas corridas, vamos tentando dar contorno a um jeito contemporâneo de sobreviver em meio às intempéries de uma era movida pela sofreguidão, por um grande afã. Em razão de um projeto de vida, de fazer um “pé de meia”, muitos se afastam da família, deixam de ver o crescimento dos filhos, motivados pela conquista de um futuro melhor. Somente eles saberão dizer se valeu a pena. Em meio a tanta correria, é preciso encontrar tempo para as coisas que preenchem de sentido as nossas vidas. Amar exige dedicação, exige uma parada, um respirar mais sossegado. Há um risco iminente de sermos pegos desprevenidos pelos últimos instantes de vida e enxergamos grandes castelos de concreto construídos à custa de muito suor e labuta, em detrimento de uma construção formada de emoções frágeis e mal vividas. Fiquemos atentos, enquanto dá tempo.
É isso aí!
1 comentários:
Impossível não lembrar das fatídicas palavras proferidas pelo grande cacique Seattle, da, hoje dizimada, nação Dakota (pejorativamente chamada Sioux): "Um dia, o homem branco acordará e, estarrecido e aterrorizado, há de se ver em meio ao lodaçal de dejetos que chafurdará, criado por ele mesmo, homem branco! Quando, tarde demais, verá que o deus que venera é o mesmo deus que o homem vermelho e outras raças cultuam. Nomes mudam, o Criador é o mesmo!". Jamais criou-se tanto e tão grandes somas foram consumidas. A corrida terminará em meio a imenso vazio, deixado pelo que realmente importa, que ficou para trás. Belo artigo, caríssimo, que tive o prazer de ler no Jornal de Frutal.
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