José Luiz
ESTUDAR, PENSAR, PRODUZIR
Tem quem questione qual o sentido de algumas pessoas estudarem tanto. Para que servem tantas horas debruçadas sobre os livros se a vida é tão breve? O que ocorre de fato é que há um desejo intenso em conhecer os propósitos da humanidade e desbravar as linhas tênues que margeiam o pensamento do homem. O que para muitos é puro sacrifício, para os estudiosos e amantes da leitura estar com um livro nas mãos é como se fosse uma criança a manusear seu brinquedo predileto. Para os que gostam de sempre se ocupar da leitura, ficar alguns dias sem ter contato com qualquer obra literária provoca um sentimento de nulidade, dá um peso na consciência que chega doer. Precisam estar aprendendo, nem que seja lendo bulas de remédio ou rótulos de produtos de limpeza. Pessoas assim estão sempre à procura de cursos e novas habilitações, não simplesmente para o aprimoramento profissional, mas para se sentirem vivos, em crescimento, refinando a capacidade de pensar. Concordam com os sábios que dizem que conhecimento não ocupa espaço.
Rotineiramente, perguntam se nunca deixarão de estudar. Para eles, estudar faz parte da existência, é o ar que lhes impulsionam os pulmões do conhecimento. Muitos não se atêm apenas ao descobrir, ao desvendar da potencialidade humana, mas começam, a partir das descobertas intrigantes e que levam à inquietação e à reflexão profunda, a produzir suas próprias considerações ideológicas, a confeccionar textos que representam conceitos e teorias diversas, que variam desde a origem do universo até a composição política local, sempre influenciados por grandes pensadores que modificaram as estruturas do pensamento humano.
Minha admiração e respeito a estes homens e mulheres, de todas as cores e classes, que não se acomodam e se entregam aos estudos com tanta voracidade. São seres que representam o refrigério da humanidade, oxigenando e aperfeiçoando a combalida e, muitas vezes, desacreditada raça humana.
É isso aí!
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