José Luiz
2001
Dez anos se passaram desde o fatídico 11 de setembro. Perdão aos fatalistas, mas não vou me ater a discutir os atos de terrorismo, pois são tão controversos que até prefiro me abster da discussão. É que o tempo voa rápido demais. Aposto que todos se lembram do lugar onde estavam no momento em que foram noticiados os ataques às torres gêmeas. Assim como todos os momentos marcantes de nossas vidas, por menor duração que tenham, teimam em permanecer encravados na memória. Quanta coisa acontece em uma década! O mundo mudou bastante neste tempo. Vejam a velocidade da informação, o avanço da telefonia, da internet, o aprimoramento dos computadores. Além do mais, surgem fatos e situações ao longo do tempo que ultrapassam nosso ilusório poder de escolha, nossa falsa ideia de que somos donos do destino. Quantas pessoas você conheceu? Quantas o decepcionaram? Quantas você decepcionou? Quantos amores foram vividos? Quantos desafios foram superados ou dados como perdidos? Quantas oportunidades novas você aproveitou e quantas deixou de lado?
Seus filhos já não são mais aquelas crianças que brincavam de bola no fundo do quintal. Hoje, alguns deles estão longe buscando sua própria identidade, afirmando-se como gente. Nestes anos seu corpo mudou, seus cabelos ganharam nova coloração, seu sorriso envelheceu. O mais importante é que não deixemos o espírito tomar formas feias e se deixar vencer pelo rancor, pela amargura. Não tem jeito de parar o relógio. Os ponteiros andam, quer queira ou não. O melhor a fazer, então, é ir preparando o jardim enquanto espera pelas flores. Certamente, elas virão um dia!
É isso aí!
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