José Luiz
COMEMORAR
Fazer aniversário pode ter vários significados. Ficar mais velho, lembrar-se da dádiva do nascimento, são algumas das lembranças que marcam esta data. Entretanto, aquilo que mais faz cócegas no espírito é poder compartilhar dos abraços das pessoas queridas. Isso vem comprovar que, por mais que vivamos na solidão de cuidar das próprias vidas, não somos ilhas isoladas, mas sim, fios que se entrelaçam num emaranhado aparentemente sem nexo, mas cercado de sentidos e sentimentos. Às vezes, um gesto, para muitos banal e rodeado de frivolidades, pode representar imensamente para quem o recebe. Um aperto de mão, um telefonema, um telegrama, um e-mail, uma mensagem no facebook, são mostras de apreço que fazem deste evento uma coisa única, quase inexplicável. É apenas um dia, como tantos outros que passam com o furor das vinte e quatro horas, com tantos trabalhos por fazer, tanta coisa para realizar, mas que vem temperado com as manifestações de afetividade dos que se importam com você.
Ficamos emotivos nestas ocasiões. Vem a lembrança dos que ama e já não estão mais aqui, vem a confirmação do carinho de tanta gente. Tudo conspirando para que a lágrima fique prestes a cair. Não ando segurando tanto quanto antigamente: se sentir vontade, vou deixá-las virem à tona, ocuparem o seu devido lugar. A vida é uma celebração, uma ode ao privilégio de respirar e viver, e conviver. Celebremos, pois, pelas pequenas coisas - as que mais produzem sentido - e pelas que julgamos mais relevantes. Ergamos a taça que marca os anos que já vivemos e os que ainda nos restam. Tudo terá valido a pena, caso saibamos dar valor a cada passo na caminhada.
É isso aí!
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