José Luiz
RESPEITO AO DIFERENTE
Somos seres solitários, apesar de conviver em sociedade e termos a influência das pessoas sobre nossas vidas todos os instantes. Uma coisa é cristalina: temos de cuidar de nós mesmos o tempo todo. A responsabilidade recai sobre nossos ombros. Desde criança temos de tomar as rédeas de nossos destinos. Frequentar a escola e cumprir com as tarefas diárias são algumas das inúmeras funções impostas a nós desde pequenos. Assim, as coisas vão se sucedendo ao longo dos anos. À medida que o tempo passa, os compromissos avolumam e, consequentemente, a capacidade de assumi-los avança junto. Cada um com seus problemas, suas frustrações, suas alegrias, suas histórias, vai marcando seu espaço na teia da existência. Ninguém igual ao outro. Nossas digitais estão impressas em toda circunstância vivida.
Diante desta observação, chega-se à conclusão que é preciso haver muito respeito ao diferente, justamente porque cada um tem seu próprio jeito de ser, possui suas características físicas, seu modo peculiar de lidar com o mundo. É inadmissível que julguemos que uma condição intelectual, física, social, sexual, financeira, racial possa fazer com que um ser humano prevaleça sobre o outro. Nada nos dá o direito de praticar qualquer espécie de violência contra o semelhante motivados por ranços ideológicos ou culturais. Alguém que agride homossexuais não se torna mais heterossexual por esta atitude, mas sim menos homem, menos digno; alguém que alimenta preconceitos contra nordestinos, não se torna pertencente a uma raça mais avançada e próspera, mas sim alguém intolerante e colaborador da desarmonia entre os homens; alguém que provoca escárnio ou vilipendia o outro por um aspecto físico diferente, não se torna mais forte fisicamente, mas sim se transforma num agente do ódio e detentor de valores deturpados sobre a convivência humana. Somos todos diferentes e na diferença nos encontramos, tornamo-nos mais fortes e coesos, amparando-nos justamente na condição peculiar que todos possuem.
É isso aí!
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