Zé Luiz

10:51 José Luiz 0 Comments

ESPECIAL
Ele chegou escorado num sorriso espontâneo, num aceno singelo, deu-me um abraço sem malícias, proferiu palavras sem aspereza. Aquele anjo-menino, já beirando os trinta, havia meses não o via. A singeleza do olhar miúdo, oriental, permanecia inalterada. Por vezes, são classificados como intelectualmente desprivilegiados, mas, na verdade, são excepcionais mestres na arte de amar, sem interesses, sem presunções. São dotados do mais puro altruísmo, sem o desejo de serem glorificados, sem a espera por títulos e honrarias. São bons porque ser bom é parte de sua natureza, é simples, é óbvio, é natural.
Acredito que pessoas assim fazem parte de uma casta seleta da raça humana, atingiram um estágio de evolução perseguido por muitos, inclusive os mais variados cultos religiosos. Choram sem medo de serem taxados infantes emocionalmente, sorriem sem receio de serem rotulados tolos risonhos. Estão acima das vaidades humanas, são eles próprios em qualquer canto, em qualquer estação social. Não importa se vivem em lares abastados ou simples casebres: esparramam alegria por onde passam, irradiam o amor na mais pura essência.
Dou graças pela existência de seres tão nobres, que vivem sem pretensões maiores, e, por isso mesmo, são gigantes na ciência do viver. Querem simplesmente ser felizes e abastecem o mundo de bondade genuína e grande pureza de intenções.
É isso aí!

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