José Luiz
2011
Todos devem estar dizendo como o ano passou rápido. De fato, a impressão que se tem é o que o tempo voou. Talvez pelas atribulações, pelas múltiplas tarefas cotidianas, pelas responsabilidades assumidas, pelo afã de atender tudo a tempo e a hora, é que tivemos a clara impressão que não foi suficiente para cumprir tudo o que havíamos planejado. É para isso que sempre há a expectativa de um novo ano, a chance do recomeço, a oportunidade de rever conceitos, de preparar-se melhor, de concluir o que foi iniciado com mais esmero.
Sempre fazemos projetos para o ano que chega. Uns querem parar de fumar, tirar a carteira de motorista, passar no vestibular, comprar um carro, fazer a viagem sonhada, reformar a casa, mudar de emprego, emagrecer, enfim, há sempre uma motivação para o “por vir”. Na esperança de fazer melhor, de poder reeditar suas histórias, as pessoas estabelecem vínculos, reconstruindo relações, criando novos contatos. E assim, nada se repete. Por mais que se viva numa aparente rotina, nada se dá como antes. As coisas vão se misturando. Pessoas que chegam, outras que partem, mesclam-se numa fórmula indescritível. Aparentemente, somos donos de nosso destino. Mentira clássica! No máximo, somos gestores de nosso destino. Não há como prever certos adventos. Alguém que você nunca viu pode revirar tudo o que havia planejado; um fato novo provoca inusitadas reviravoltas na sua, até então, morna e estável vida.
E assim vão sendo rabiscados nossos rascunhos que só se tornam livros na última linha, já no epílogo. Renasce continuamente a ocasião para a célebre reforma interior. O bom de tudo isso é saber que nunca estamos prontos e acabados, há sempre espaço para revisão de nossos textos, para o aprimoramento de nossos capítulos. Que o novo ano nos revigore e nos torne gente ainda mais produtiva e solidária.
É isso aí!
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