José Luiz
COPA
A Copa do Mundo chegou ao fim. Perceba que nada mudou em sua vida por conta desta importante competição global. Apesar de desconfiados, torcemos muito. Acreditamos no intangível, no imponderável. Era muito nítida a fragilidade técnica de nossa seleção, muito aquém dos nossos melhores times. Mas, mesmo assim, como brasileiro que não entrega os pontos tão facilmente, demos um voto de confiança meio desconfiado e nos reunimos em frente os aparelhos de TV para comemorar as vitórias brasileiras e sofrer com a penosa derrota para a Holanda. Mesmo que não tenhamos ido tão longe, saiba que valeu a pena. Como sempre digo, encontramos motivos para nos reunir, fizemos “bolões” improvisados, as meninas pintaram as unhas, assamos aquela alcatra, demos boas risadas. Congraçamo-nos, vestimos as cores da bandeira nacional. Gente que não sabe sequer o que é impedimento dava altos palpites para o técnico, como se o mesmo pudesse ouvir e atender.
O que não podemos de jeito nenhum é fazer da derrota de um time de futebol motivo para crises depressivas, de dias em estado casmurro. Aqueles que nos cercam não merecem um sujeito assim. O preço do gás permanece inalterado, as fatídicas contas de fim de mês vão vir do mesmo jeito, a conta de luz não abaixou o valor e assim a vida prossegue. Futebol é tempero, é condimento que dá sabor, muda a cor, faz a vida ficar mais prazerosa. E como tudo na vida é feito de vitórias e derrotas, o futebol acaba sendo um extrato de nossas histórias. Idas e vindas, altos e baixos. Os jogadores que lá estiveram não são heróis, nem vilões. Fizeram o que era possível, dentro de suas limitações. Continuarão a ganhar seus vultosos salários.
Foi um mês de pura diversão. Jogos de manhã e à tarde. Comentários desvairados o dia todo. Acaba ficando uma nostalgia que logo o tempo cura. Sigamos com nossos projetos, abertos às improvisações e adaptações necessárias, tal qual um campo de jogo.
É isso aí!
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