José Luiz
PENSAR DIFERENTE
Não é fácil ter de lidar com os pensamentos contrários, com as posições antagônicas, com pontos de vista que distam tanto do nosso jeito particular de ver o mundo. A tarefa, de fato, é hercúlea. “Engolir” quem pensa de forma tão díspare, tão própria, exige esforço, humildade e um exercício incomum e apurado do nosso senso de humanidade. Cada ser é rico em essência e história. Todos têm muito a contribuir. Posso não concordar com o que diz meu colega, tão controverso, porém tenho o dever de respeitá-lo em suas ideologias e crenças e defender até o fim o direito de que ele as pronuncie. É a regra mínima da boa convivência, da harmonia entre os povos, da paz.
Sair por ai, estigmatizando, dinamitando até, as pessoas porque elas se posicionam de maneira diferente das teorias que professo é egoísmo, é querer um mundo exclusivo, achar que o planeta gira em torno do meu umbigo gigante. Todos os preceitos e pensamentos originam do amor, da emoção, e são tocados pela vontade de criar o novo, de propor métodos e soluções para um mundo conturbado e, muitas vezes, injusto. Assim, quem ama compreende, mesmo que não aceite; respeita, não induz ao escárnio, nem rotula, não designa sarcasticamente os diferentes com palavras de ordem, muito menos ofensivas.
Não aceitar o pensamento contraditório é praticar a intolerância, germinar o conflito, propor a guerra. Somos diferentes na essência de nossa criação. Sim, somos iguais na diferença. Por isso, o respeito mútuo faz-se tão urgente em tempos tão turbulentos.
É isso aí!
1 comentários:
Realmente todos nós temos muito a contribuir e, na maioria das vezes, não nos abrimos a tantas outras contribuições. Acredito ainda que isso tudo se deve à falta de amor entre as pessoas. Amor este que, sem sombra de dúvida, é a essência de qualquer outro sentimento minimamente necessários para uma convivência social harmônica. Quiçá um dia isso aconteça para então percebermos que o respeito é só uma consequência.
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