José Luiz
CELEBRAR
Encontre espaço na sua atribulada agenda para celebrar. Celebre as menores coisas. De repente, são as que mais importam. Faça do seu cotidiano um tempo contínuo de reconciliação e fraternidade. Ajunte os seus para uma animada conversa, uma galinhada, uma sopa de trigo nos dias frios, uma rodada de truco, uma prosa descompromissada. Sentem-se, com a televisão desligada, para contar fatos do passado para os meninos, dividir as melhores heranças, compartilhar os sonhos e afetos.
Num tempo em que ninguém tem tempo, ache um cantinho entre suas tarefas, sua vida atribulada, para dar um pouco de atenção a quem te cerca. Nossos filhos crescem e só nos damos conta disso no dia em que os levamos ao altar para entregá-lo definitivamente para outro mundo, que não o nosso. Façamos de cada minuto vivido um motivo para celebrações. “É a vida, é bonita, e é bonita!”
Somos tão polidos socialmente, até prolixos e, às vezes, duros e monossilábicos com quem, de fato tanto nos interessa. Nem sempre sobra tempo para o aconchego, para o abraço fraterno, para uns dedos de prosa. Somos infalivelmente curtos e grossos, como se isso fosse vantagem. Balançar o filho na gangorra, soltar pipa, lavar a louça junto com a esposa, colaborar na tarefa escolar, são celebrações veladas que fazem muita diferença, dão qualidade à vida familiar, à convivência diária. Carpe Diem não é só nome de motel. É uma expressão latina, retirada de um poema de Horácio, que nos convida a aproveitar, colher o dia, como se fosse um fruto maduro, o mais saboroso da Terra, não desperdiçando os momentos preciosos com futilidades e rancores estéreis, vendo-os dissipar pelos dedos. Por isso, é sempre hora para celebrar!
É isso aí!
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