José Luiz
ECONOMIA E VIDA
Viver com simplicidade; não fazer da busca pelos bens materiais uma tônica absoluta na vida; não imaginar o dinheiro como única fonte de felicidade e muito menos idolatrá-lo. Estas são algumas das prerrogativas que alicerçam a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010, com o engajamento de várias denominações cristãs, além da Igreja Católica. Num período pós-crise, o movimento “multieclesial” deste ano propõe uma reflexão sobre o peso do capital na sociedade humana, sugere que tomemos conhecimento dos números e fatores que norteiam a economia nacional, que nos apropriemos de dados sobre dívida interna, externa e outros. Pede-nos ainda que atentemos para a possibilidade da partilha, da comunhão, da diminuição das disparidades que constroem o abismo entre ricos e pobres. Sugere o equilíbrio de nossas contas, que saibamos consumir de acordo com nossos proventos. Enfim, a CF 2010 vem botar o dedo numa ferida exposta, que necessita de cuidados urgentes.
O consumismo acelera o ímpeto voraz das pessoas por comprar e há uma frenética obsessão por mais e mais produtos de última linha, criando escravos e vassalos de uma desenfreada oferta de múltiplas opções viciantes e atrativas. É o celular que faz de tudo... você até esquece que serve para telefonar. Os computadores tornam-se obsoletos a cada seis meses. A moda vive em constante mutação. Vamos, feito zumbis, atrás desta lunática onda consumista. A CF convoca-nos a esta ponderação para que saibamos apreciar o que de fato importa. Os valores que realmente produzem sentido à nossa vida não tem como trilha sonora o tilintar das moedas. Não se compra um sorriso verdadeiro, uma boa noite de sono, um beijo apaixonado. Seria interessante se aproveitássemos este tempo de introspecção para aprofundar os pensamentos sobre os conceitos da simplicidade voluntária. Vou tentar fazer minha parte.
É isso aí!
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