O JUSTO
O JUSTO
Neste ensaio de hoje arriscamos escrever sobre
justiça. Não da justiça como instituição, mas sim da forma de agir, do jeito de
ser, da conduta correta, da postura perante a vida e o semelhante. Justiça é
qualidade do que está em conformidade com o que é direito; maneira de perceber,
avaliar o que é direito, o que é justo. Fazer justiça é dar, ou receber, por
merecimento alguma coisa em favorecimento de algo positivo que tenha praticado.
A palavra justiça vem do latim “justitia” e denota o sentido de lealdade,
igualdade. Justiça como direito a condições dignas de viver, justiça social,
justiça nas decisões tomadas nas relações de amizade, na família, no ambiente
de trabalho. A justiça é um das quatro virtudes cardeais, ou cardinais, como
queiram. Ao lado da prudência, da fortaleza e da temperança, a justiça é um
princípio e valor imensurável à humanidade.
A justiça existe por si só e caminha sozinha, sem amparos; é
soberana e livre. A injustiça, por sua vez, anda escorada, não tem sustentação,
vive amparada na maldade e na mentira.
Por isso é tão importante sempre ouvir os dois lados, sem julgamentos
apressados, para não tomarmos decisões precipitadas e injustas, nem fazer juízo
de valor de alguém sem ao menos dar a chance da pessoa se explicar, expor seus
posicionamentos, suas justificativas, ou elucidar um fato mal interpretado. A
verdade é parceira inseparável da justiça.
Diante da injustiça, deve prevalecer em nós o poder da indignação,
aquilo que nos mobiliza, nos tira do silêncio e da omissão. A justiça nasce no
fundo de nossos corações e sai pelo mundo em busca de realizar o bem, promover
a prática da concórdia. Ser acusado de algo que não fez é uma injustiça sem
tamanho e algo que dói muito. Por isso, precisamos apurar sempre alguma coisa antes
de sair por aí espalhando coisas negativas, boatos, maldades. Quem deve guiar
nossos passos é a nossa consciência, nosso próprio senso de justiça. O ser
indignado não se acomoda diante da injustiça. A gente precisa de fato se
posicionar perante fatos que comprovem a injustiça. Quem tem voz deve
levantá-la em favor da igualdade e da justiça. A justiça combina com a ética,
que é aquilo que define que meu espaço vai até onde começa o espaço do outro.
Que nossas consciências consigam nos levar a um mundo com mais
justiça, mais fraternidade, mais afeto e menos divisão, menos guerras, menos
ambições desmedidas e perversas. Trocando em miúdos, a justiça nasce dentro de
cada um de nós, cada qual carrega dentro de si um tribunal que decide pela
prática do bem ou por atrapalhar os caminhos de outros. É tão simples agir com
justiça, pois a justiça é muito simples. Não existe nada mais justo que o
respeito ao direito do outro, a garantia de que nossos direitos sejam
respeitados, e nossos deveres também sejam cumpridos. Fazendo o que é justo, as
consequências positivas chegarão no retorno de nossas ações.
É isso aí!
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