TERRA À VISTA

16:16 José Luiz 1 Comments



Quando pressionados é que mostramos a que viemos. Nas dificuldades, descobre-se o líder, o bom combatente, o que se recolhe, o que se esconde. Na tempestade é que se é possível reconhecer o valor e a força da embarcação, do comandante e dos marinheiros no enfrentamento do mar bravio, no encontro com as ondas mais arrebatadoras. Na tranquilidade, quando tudo corre de forma linear, é fácil gerir, é fácil sobreviver. Quero ver no arrocho dos tempos difíceis, na adversidade, diante do gigante amedrontador. Tem quem some, tem quem se apresenta. Bonito ver gente que se encoraja, feito Davi, e vai enfrentar o medo e o impossível. E vence!

Na luta, forjam-se os verdadeiros heróis. Não os heróis de plástico, esses que a TV produz. Esses não valem, nem fizeram atos de heroísmo para merecer tal título. Falo dos que enfrentam as intempéries de um tempo cruel, que sustentam seus lares à custa do trabalho honesto, que combatem o bom combate cotidianamente. Essa gente já enfrenta monstros, e os abate, há muito. Não esmorecem e seguem adiante.

Em tempos furiosos, arregaçar as mangas, lançar mão da criatividade e muito suor faz toda a diferença. Ao timoneiro, a responsabilidade da direção, aos marujos, a responsabilidade do serviço bem feito, de ajeitar as velas, cuidar de tudo. A todos os tripulantes dessa nau, a atenção redobrada, os pulsos firmes, o desejo da superação. E assim, o sol apontará no céu azul e terra logo se avistará. É a esperança que não quer morrer.

É isso aí!
        

1 comentários:

Unknown disse...

Parabéns professor!
Seus textos são incríveis, beijo!