TERRA À VISTA
Quando pressionados
é que mostramos a que viemos. Nas dificuldades, descobre-se o líder, o bom
combatente, o que se recolhe, o que se esconde. Na tempestade é que se é
possível reconhecer o valor e a força da embarcação, do comandante e dos marinheiros
no enfrentamento do mar bravio, no encontro com as ondas mais arrebatadoras. Na
tranquilidade, quando tudo corre de forma linear, é fácil gerir, é fácil
sobreviver. Quero ver no arrocho dos tempos difíceis, na adversidade, diante do
gigante amedrontador. Tem quem some, tem quem se apresenta. Bonito ver gente
que se encoraja, feito Davi, e vai enfrentar o medo e o impossível. E vence!
Na luta,
forjam-se os verdadeiros heróis. Não os heróis de plástico, esses que a TV
produz. Esses não valem, nem fizeram atos de heroísmo para merecer tal título.
Falo dos que enfrentam as intempéries de um tempo cruel, que sustentam seus lares
à custa do trabalho honesto, que combatem o bom combate cotidianamente. Essa
gente já enfrenta monstros, e os abate, há muito. Não esmorecem e seguem adiante.
Em tempos
furiosos, arregaçar as mangas, lançar mão da criatividade e muito suor faz toda
a diferença. Ao timoneiro, a responsabilidade da direção, aos marujos, a
responsabilidade do serviço bem feito, de ajeitar as velas, cuidar de tudo. A todos
os tripulantes dessa nau, a atenção redobrada, os pulsos firmes, o desejo da
superação. E assim, o sol apontará no céu azul e terra logo se avistará. É a
esperança que não quer morrer.
É isso aí!
1 comentários:
Parabéns professor!
Seus textos são incríveis, beijo!
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