Zé Luiz
DIFERENÇAS
Não tenho tido tempo,
nem paciência para certas discussões, que, de tão vazias de sentido, tornam-se
ocas. Dá preguiça certas teimosias. O que dá para ser mudado é de bom alvitre
tentar promover a mudança. O que é sabidamente incrustado e sólido, não vale a
pena permanecer com pirraças e insistências. É preciso respeitar o ponto de
vista do interlocutor. Muitas vezes, nem vão concordar comigo. Só peço que, se
possível, respeitem meus posicionamentos, assim como tentarei fazer com os dos
outros. Tentar inferiorizar o outro porque tem pensamentos adversos, aí sim, é
coisa de gente menor. As cores são belas porque são todas, porque são tantas.
As ideias se
opõem o tempo todo. Tolo quem pensa que é juiz de tudo e sabe tudo sobre tudo.
Ninguém é dono da verdade absoluta, até porque, segundo muitos sábios, ela
sequer existe. Haverá postura contrária em qualquer circunstância na vida. O
contraditório é direito consumado. Pensar diferente não pode ser o fiel da
balança para definir um grupo como pior ou melhor. O preconceito, a violência,
a ignorância, sim, são elementos que minimizam e trazem para a vala mais funda a condição humana.
Tenho medo do
futuro quando assisto manifestações de ódio provocadas por divisões que vão
desde as coisas mais simples até as mais complexas; de uma escolha por um time
de futebol a uma dissidência religiosa, passando por cisões partidárias ou por
uma diversidade étnico-cultural. Alguém se achar no direito de eliminar a vida
do outro porque tem uma ideologia diferente é o máximo da incongruência, o pior
dos absurdos. Isso é algo que a história já deveria ter abominado.
A única certeza
que temos é que temos diferenças. Somos iguais nas diferenças. Ainda mais num
país em que a miscigenação é sua principal característica. Refazendo... a
miscigenação é sua melhor característica. A quem respeita o semelhante,
independente de sua condição econômica, religiosa, ideológica ou qualquer outra
peculiaridade, o meu respeito.
É isso aí!
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