Vinte e dois
“Agora,
convidamos para adentrar o recinto os alunos do curso de Jornalismo.” No meu
canto, um pouco afastado dos demais, senti uma sensação indescritível, uma
emoção que parecia fazer o peito explodir. As lágrimas caíram. Nem as tentei
segurar. A música triunfal, a imagem de um homem de vinte e dois anos, barba no
rosto, que me encontrou em meio à plateia e sorriu. Ontem, tive coragem de
dizer a ele: muito obrigado! Obrigado por ter me proporcionado essa alegria,
por ter superado todas as minhas expectativas, por fazer valer a pena cada gota
de suor, cada saudade, cada preocupação de pais protetores.
Naquele espaço
privilegiado da intelectualidade, um centro de excelência em educação, lá
estava o menino que estudou nas boas escolas de Aparecida de Minas e que teve
como espelho uma família de gente simples e trabalhadora. E ele sabe dar valor
a tudo isso. Como ele estava feliz com sua gente lá perto! Ele agradece os
trocados que o avô e a avó sempre o entregaram nas despedidas. Ele reconhece o
apoio dos tios. Ele estima o ciúme da irmãzinha que o admira além da conta. Ele
reverencia o esforço dos pais. Enfim, ele me dá a certeza de que tudo valeu a
pena. Nunca demos mais que merecia a ou além do que poderíamos ofertar. Fizemos
o que deveria ser feito, na medida certa do seu mérito.
Não teve nem
tempo de descansar da emoção de sexta-feira. Já na segunda, iniciou suas
atividades profissionais num dos maiores veículos de comunicação do Brasil. Com
uma humildade e consciência singular, disse que não fez nada demais e que suas
conquistas são pequenas diante de tanta gente de talento reconhecido. Diz que
ainda há muito a percorrer. Concordo enfaticamente com ele. É preciso ter os
pés no chão e os sonhos nas alturas para poder voar mais alto. Seu empenho
comprova que aquele que planta e cuida, terá sempre o resultado da colheita
farta. Meu filho amado, isso tudo para dizer parabéns!
É isso aí!
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