Vinte e dois

10:46 José Luiz 0 Comments




“Agora, convidamos para adentrar o recinto os alunos do curso de Jornalismo.” No meu canto, um pouco afastado dos demais, senti uma sensação indescritível, uma emoção que parecia fazer o peito explodir. As lágrimas caíram. Nem as tentei segurar. A música triunfal, a imagem de um homem de vinte e dois anos, barba no rosto, que me encontrou em meio à plateia e sorriu. Ontem, tive coragem de dizer a ele: muito obrigado! Obrigado por ter me proporcionado essa alegria, por ter superado todas as minhas expectativas, por fazer valer a pena cada gota de suor, cada saudade, cada preocupação de pais protetores.

Naquele espaço privilegiado da intelectualidade, um centro de excelência em educação, lá estava o menino que estudou nas boas escolas de Aparecida de Minas e que teve como espelho uma família de gente simples e trabalhadora. E ele sabe dar valor a tudo isso. Como ele estava feliz com sua gente lá perto! Ele agradece os trocados que o avô e a avó sempre o entregaram nas despedidas. Ele reconhece o apoio dos tios. Ele estima o ciúme da irmãzinha que o admira além da conta. Ele reverencia o esforço dos pais. Enfim, ele me dá a certeza de que tudo valeu a pena. Nunca demos mais que merecia a ou além do que poderíamos ofertar. Fizemos o que deveria ser feito, na medida certa do seu mérito.

Não teve nem tempo de descansar da emoção de sexta-feira. Já na segunda, iniciou suas atividades profissionais num dos maiores veículos de comunicação do Brasil. Com uma humildade e consciência singular, disse que não fez nada demais e que suas conquistas são pequenas diante de tanta gente de talento reconhecido. Diz que ainda há muito a percorrer. Concordo enfaticamente com ele. É preciso ter os pés no chão e os sonhos nas alturas para poder voar mais alto. Seu empenho comprova que aquele que planta e cuida, terá sempre o resultado da colheita farta. Meu filho amado, isso tudo para dizer parabéns!

É isso aí!

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