Zé Luiz

08:50 José Luiz 1 Comments



UTOPIA

É imprescindível ter os pés fincados no chão, a mente preenchida de asas e o coração sustentado pela utopia. “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.” Eduardo Galeano nos auxilia a compreender o fenômeno da utopia e como proceder humanamente diante do desafio de viver.
Como autores de uma história inacabada, que os meios de preparar um solo propício sejam criados para que possamos suportar a propulsão dos altos voos. Com a solidez de um alicerce bem edificado é possível arriscar mais, tentar ir mais longe, sem temer tanto as dificuldades e surpresas do novo, do inusitado.
Àquele que deseja ir além, cabe vencer a insegurança, os anseios provocados pela expectativa de uma mudança. Mas, de que vale a vida sem o aroma da novidade, sem o frescor de novos encontros, de novas experiências? Imagine-se num ambiente seco, estéril, desértico. Supomos que seja o que você tenha. Então, tudo o que vier será além do que já vislumbra. Imagine-se agora escravo de um bom senhor. Ao se desvencilhar dos grilhões, vem o medo de ser responsável pela própria subsistência e faz-se a opção de permanecer estagnado, na zona de conforto inabalável, escolhe dormir no berço esplêndido da senzala emocional. Triste, mas acontece com tanta gente.
Correr riscos - calculados, talvez - faz parte da trajetória, é intrínseco à caminhada. Ao coração não se impõe tantas barreiras. Ele não foi feito para correntes que não possa se desvencilhar. É de bom alvitre suportar a perda de alguns dobrados para, em consequência de nossas atitudes, no futuro dar de frente com um tesouro muito maior. Pior que o sentimento do fracasso é o arrependimento de nunca ter tentado.
É isso aí!

1 comentários:

Tereza Trajano disse...

simplesmente lindo,é a mais pura verdade !