Zé Luiz
UTOPIA
É
imprescindível ter os pés fincados no chão, a mente preenchida de asas e o
coração sustentado pela utopia. “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo
dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre
dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a
utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.” Eduardo Galeano nos
auxilia a compreender o fenômeno da utopia e como proceder humanamente diante
do desafio de viver.
Como
autores de uma história inacabada, que os meios de preparar um solo propício sejam
criados para que possamos suportar a propulsão dos altos voos. Com a solidez de
um alicerce bem edificado é possível arriscar mais, tentar ir mais longe, sem
temer tanto as dificuldades e surpresas do novo, do inusitado.
Àquele
que deseja ir além, cabe vencer a insegurança, os anseios provocados pela
expectativa de uma mudança. Mas, de que vale a vida sem o aroma da novidade,
sem o frescor de novos encontros, de novas experiências? Imagine-se num
ambiente seco, estéril, desértico. Supomos que seja o que você tenha. Então,
tudo o que vier será além do que já vislumbra. Imagine-se agora escravo de um
bom senhor. Ao se desvencilhar dos grilhões, vem o medo de ser responsável pela
própria subsistência e faz-se a opção de permanecer estagnado, na zona de
conforto inabalável, escolhe dormir no berço esplêndido da senzala emocional. Triste,
mas acontece com tanta gente.
Correr
riscos - calculados, talvez - faz parte da trajetória, é intrínseco à caminhada.
Ao coração não se impõe tantas barreiras. Ele não foi feito para correntes que
não possa se desvencilhar. É de bom alvitre suportar a perda de alguns dobrados
para, em consequência de nossas atitudes, no futuro dar de frente com um
tesouro muito maior. Pior que o sentimento do fracasso é o arrependimento de
nunca ter tentado.
É
isso aí!
1 comentários:
simplesmente lindo,é a mais pura verdade !
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