Zé Luiz
Todo humor...
“Todo humor,
no fundo, é bondade. O humor transforma-se num exercício de liberdade, e
dissolve o rancor.” Assim, relata o autor mineiro Hélio Pellegrino sobre a
utilidade do humor, do bom humor. Há uma diferença entre o humor sutil, aquele
que alegra e areja, e o sarcasmo, o que fere, que tem intenção de fazer doer.
No trabalho, dizem que, às vezes, sou sisudo, um pouco sério. Acho que o peso da
responsabilidade me faz mais introspectivo. Na sala de aula, meu palco, se
precisar viro piruetas. Lá em casa, no lazer ou no meio de amigos e familiares
costumam dizer que faço muitas piadas, que nem deveria rir e tentar fazer rir
de tudo o tempo todo. Não sei por que, mas gosto de ambiente alegre. Para estar
bem, preciso visceralmente que os que me rodeiam estejam bem. É uma necessidade
que carrego. Talvez, o motivo para tantas tentativas de gracejos.
Outro dia, me
vi numa encruzilhada. Será que realmente devo maneirar um pouco? Depois de quase
esquentar a cabeça, cheguei à conclusão que a lama não me arrasta. Ela pode ser
bonita para alguns, mas para mim ela não serve, nem servirá. Tem melancolia que
agrada, mas essa tristezinha que puxa para o fundo não vai me pegar. Sou um
otimista inveterado, não tem solução. Preciso sorrir, é minha sina; mesmo que
incomode, sem problemas, vou seguindo. Para ser poeta – sou desses bem
fraquinhos - nem sempre precisa ser macambúzio. Aprendi meu lugar nesse mundo.
Se puder carregar alguns comigo, vamos juntos que o vagão tem espaço!
Pode parecer
que gente como eu faz força para parecer feliz. Nada disso, o negócio é
espontâneo. (Não é mesmo minha amiga?). Tem hora que vem a lágrima, que o
sofrimento também chega, mas a leitura que fazemos da vida é um pouco atrevida,
diferente. Sem querer dar conselho, nem enveredar-me pelos caminhos da
autoajuda, escolha a alegria como parceira, faz-nos suportar melhor as dores do
mundo.
É isso aí!
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