José Luiz
WORKAHOLICS
Todos precisam do trabalho. Sem o
exercício do labor não tem pão na mesa, não tem carro na garagem, não tem TV,
nem internet. Trabalhar preenche os dias, dá uma sensação boa de utilidade, de
quem contribui para a máquina do mundo girar. Só um pequeno detalhe:
colaboramos com o funcionamento das engrenagens, no entanto não somos peças de
metal, frio, sem vida. É importante que nos dediquemos com afinco às nossas
tarefas, como bons profissionais que pretendemos ser. Antes de qualquer coisa,
a consciência de que não somos vassalos, nem mesmo workaholics, deve nortear essas existências tão produtivas. Workaholic
é uma expressão americana, um trocadilho, uma espécie de corruptela que teve
origem na palavra alcoholic
(alcoólatra). Serve para designar uma pessoa viciada, não em álcool, mas em
trabalho.
Gente que é tomada pelo vício em trabalho sempre compôs os
quadros da humanidade. Nesses tempos ruidosos, no entanto, sua presença foi
muito avolumada. Isso, motivado pela alta competitividade, vaidade,
necessidade de sobrevivência ou ainda alguma necessidade pessoal de provar algo
a alguém ou a si mesmo.
Como resultado da influência de uma pessoa viciada em
trabalho, pode-se perceber geralmente alguns fatores interessantes: o primeiro
deles é que este tipo de pessoa geralmente não consegue se desligar do
trabalho, mesmo fora dele, acaba por deixar de lado o companheiro, filhos,
pais, amigos. Os seus melhores amigos passam a ser aqueles que de alguma forma
tem ligação com seu trabalho. Já percebeu?
Pessoas assim sofrem por trazer para si uma qualidade de
vida muito precária, pois as pressões do cotidiano, o medo de fracassar, fazem
com que desenvolvam insônia surtos de mau-humor, atitudes agressivas em situações
de desconformidade (com os resultados que esperava) e pode chegar a desenvolver
a fatídica depressão, dentre outros efeitos nocivos.
Assim, é essencial que encontremos tempo para o lazer, para
a família, para os passeios tão sonhados. A vida é muito breve, tudo é tão
fugaz e passa muito ligeiro. Cuidemos de nossas emoções, cuidemos de quem nos
ama de fato, sem nos perder nas atribulações e exigências do mundo moderno. Não
faço aqui um convite ao “pouco caso” e à ausência de compromisso. Pelo contrário,
cada dia me convenço mais de que pessoas bem resolvidas e felizes sempre rendem
mais e melhor.
É isso aí!
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