José Luiz

22:08 José Luiz 0 Comments




WORKAHOLICS
          Todos precisam do trabalho. Sem o exercício do labor não tem pão na mesa, não tem carro na garagem, não tem TV, nem internet. Trabalhar preenche os dias, dá uma sensação boa de utilidade, de quem contribui para a máquina do mundo girar. Só um pequeno detalhe: colaboramos com o funcionamento das engrenagens, no entanto não somos peças de metal, frio, sem vida. É importante que nos dediquemos com afinco às nossas tarefas, como bons profissionais que pretendemos ser. Antes de qualquer coisa, a consciência de que não somos vassalos, nem mesmo workaholics, deve nortear essas existências tão produtivas.  Workaholic é uma expressão americana, um trocadilho, uma espécie de corruptela que teve origem na palavra alcoholic (alcoólatra). Serve para designar uma pessoa viciada, não em álcool, mas em trabalho.
Gente que é tomada pelo vício em trabalho sempre compôs os quadros da humanidade. Nesses tempos ruidosos, no entanto, sua presença foi muito avolumada. Isso, motivado pela alta competitividade, vaidade, necessidade de sobrevivência ou ainda alguma necessidade pessoal de provar algo a alguém ou a si mesmo.
Como resultado da influência de uma pessoa viciada em trabalho, pode-se perceber geralmente alguns fatores interessantes: o primeiro deles é que este tipo de pessoa geralmente não consegue se desligar do trabalho, mesmo fora dele, acaba por deixar de lado o companheiro, filhos, pais, amigos. Os seus melhores amigos passam a ser aqueles que de alguma forma tem ligação com seu trabalho. Já percebeu?
Pessoas assim sofrem por trazer para si uma qualidade de vida muito precária, pois as pressões do cotidiano, o medo de fracassar, fazem com que desenvolvam insônia surtos de mau-humor, atitudes agressivas em situações de desconformidade (com os resultados que esperava) e pode chegar a desenvolver a fatídica depressão, dentre outros efeitos nocivos.
Assim, é essencial que encontremos tempo para o lazer, para a família, para os passeios tão sonhados. A vida é muito breve, tudo é tão fugaz e passa muito ligeiro. Cuidemos de nossas emoções, cuidemos de quem nos ama de fato, sem nos perder nas atribulações e exigências do mundo moderno. Não faço aqui um convite ao “pouco caso” e à ausência de compromisso. Pelo contrário, cada dia me convenço mais de que pessoas bem resolvidas e felizes sempre rendem mais e melhor.
É isso aí!

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