José Luiz

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MUDANDO

A cada movimento, a cada encontro, em cada instante, seguimos diferentes do que éramos antes. As visitas que fazemos, os lugares que conhecemos, as pessoas com as quais interagimos vão deixando muita coisa impregnada em nosso ser. Muito de nós também fica nos contatos que travamos. Aprendemos com o sempre renovado luar, com os beijos da fria manhã, com os sorrisos destacados das crianças, com a saudade dos que distam de nós. As águas dos rios nunca se repetem, portanto o rio onde nos banhamos nunca é o mesmo, apesar do mesmo nome, da mesma localização. Assim somos nós, seres a caminho, em contínua e delicada construção. Alguns em fase de acabamento, mas nunca acabados. Outros pretendendo estacionar-se no tempo e na história, infelizmente acumulando lodo e fungos.

Dizem que quem fica parado é poste. Até poste sofre com as intervenções do clima, é penalizado com as intempéries. Muda de cor. Mesmo que não queira, a mudança vem. Um filho que chega, uma nora que entra na família, os colegas de faculdade, os amigos do futebol, um novo trabalho, tudo contribui para nossa transformação. Nem adianta vir com o surrado discurso de que são assim mesmo, os outros é que se adaptem. Talvez nem percebam, mas nós vamos nos adaptando, ajeitando-nos, encaixando as peças deste intricado quebra-cabeça. Meu jogo só se completa se as peças dos outros estiverem acomodadas, ajustadas do meu lado, e eu do lado delas. Até o que parece estranho num momento, no futuro perceberemos a razão de tê-lo vivido. Numa engrenagem em que as coisas vão se amoldando com as ações positivas que praticamos, a vida prossegue, simples e determinante. Se possível, procuremos viver sem maiores traumas, então.

É isso aí!

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