José Luiz

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SOLICITUDE

Gosto de gente que se apresenta para colaborar na realização das coisas. Pessoas que tomam a iniciativa, correm para abrir a porta, ajudam a carregar o andor, servem os outros nas festas, oferecem seus serviços – remunerados ou não, estão sempre pré-dispostos a cooperar. Não esperam a ordem aparecer, são diligentes, estão sempre de prontidão, a postos, ávidos a dar sua parcela de contribuição. Diferentes dos atrevidos que querem colocar o “bedelho” onde não são chamados, os solícitos sabem onde podem interferir positivamente, percebem o momento certo de se prontificarem. Não querem atrapalhar o andamento das coisas, mas sim fazer com que elas funcionem bem.

Devemos ficar de olho nestas pessoas. Elas fazem a diferença no meio que convivem. Alguns podem taxá-las de quererem “aparecer na foto”, mas na verdade trata-se de um negócio meio intuitivo, é instinto puro: sentem desejo, quase um impulso, que as impele ao encontro do outro que ela acredita necessitar de seu apoio. Na imensa maioria das vezes, está certa. Sua ajuda é quase sempre providencial, oportuna, indispensável. Nunca têm medo de dizer um bom-dia, pronunciar um elogio sincero, proferir palavras que fazem bem.

Ao invés de rotularmos estas nobres, nunca pobres, almas, deveríamos aprender com elas. É muito cômodo esperar tudo chegar ao nosso colo, às nossas mãos. Elas nos ensinam que, em determinadas horas, é preciso descolar os glúteos do assento e ofertar uma mão amiga, disponibilizar-se para que tudo transcorra da melhor forma. O mundo estaria perdido se só existissem seres medrosos e reservados que nunca estão dispostos à doação. Tem gente que recebe o cumprimento de alguém e fica perguntando o porquê daquilo, já que não conhece a pessoa, como se uma saudação ocupasse todas as suas faculdades mentais e físicas por um longo tempo. Solicitude é característica de quem cuida, de quem zela. Obrigado aos solícitos pelo cuidado, pela atenção desinteressada e altruísta.

É isso aí!

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