José Luiz
DOR
Assisti a um bom programa de televisão na última sexta, em que a temática principal era o estudo do fenômeno da dor. Vendo as reportagens, os depoimentos de especialistas e pacientes, fui induzido a uma reflexão simples do quanto a dor pode ser nossa companheira. Sem sensibilidade à dor, corremos riscos o tempo todo. Desprovidos do exercício deste sentido nato, ficamos à mercê dos acidentes, desde uma queimadura até um corte por algum objeto qualquer. A dor, com uma ressalva para os casos congênitos de enxaqueca e outros, nos avisa de alguma coisa funcionando mal: um dente infeccionado, uma gastrite precisando ser tratada, uma série de problemas que certamente necessitam de maiores cuidados.
Vejam como a natureza é sábia. A dor tem sua razão de existir, assim como tudo no universo. Há uma ordem no caos. Por mais que não as queiramos em nosso habitat - a princípio, nada mais acertado - as baratas, bichos repugnantes e altamente resistentes, cumprem historicamente seu papel de desobstruir os esgotos, impedir que haja a proliferação de ácaros, consumir restos de comida que possivelmente provocariam a presença de bactérias e fungos e, ainda, alimentam outros seres maiores. Já os rotulados urubus consomem o que fica em estado de putrefação a céu aberto, limpam os ambientes e, mesmo assim, são vítimas de nosso asco e ojeriza. Existe uma harmonia universal estabelecida que só pode ser oriunda de um ser extraordinário, capaz de tamanha criação. A mim, parece cada vez mais difícil duvidar da existência de Deus, depois destas ponderações.
Não temos o direito de vilipendiar sobre qualquer coisa que componha esta fabulosa energia cósmica. Empiricamente falando, é sabido que tudo provém do mesmo nascedouro. Somos parte de um mesmo sistema. Assim sendo, obrigado por tudo irmã dor, irmãos insetos, irmã lua, irmão sol.
É isso aí!
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