José Luiz
A HUMILDADE CLAREIA A MENTE.
Humildade possibilita crescimento. Aconteceu comigo outro dia. Passei anos sem ver alguém e quando me encontrei com esta pessoa, no afã de “topar” com um ser mais sereno, menos afoito, mais maduro, percebi que, além dos cabelos, das rugas, e das gordurinhas extras, pouca coisa mudou desde os tempos de escola. Sem querer fazer julgamentos precipitados, senti ainda os mesmos atropelos, a mesma empáfia, os mesmos resquícios de uma truculência juvenil que não leva a nada. A gente tem de deixar o tempo cumprir seu papel. Permitir que ele vá aparando as arestas para dar mais lustro à alma, lapidando nosso jeito de ser, diminuindo a presunção, as certezas, dando um tom mais ameno à nossa personalidade.
Estive ali por algum tempo, muito mais ouvi que falei. Ao final, despedimo-nos e um vazio permaneceu inerte no ambiente. Deu até certa pena. “Todo mundo ama um dia, todo mundo chora”, já dizia o poeta. Pobres daqueles que não aproveitam o sofrimento, as quedas, para se aprimorar, num processo de contínua evolução. Tem aqueles que possuem uma enorme capacidade de acumular bens, ficam ricos até. Infelizmente, encontram dificuldades em reproduzir o mesmo sucesso no convívio familiar, no trato com subordinados, nas relações de trabalho. Os espinhos que vão grudando na caminhada e que poderiam ter sido retirados ao longo do tempo, vão ainda mais se avolumando, tornando-nos pessoas ásperas, áridas, ácidas.
Quando se é humilde há uma possibilidade maior de enxergar esses espinhos e, a partir daí, sanar as deficiências de gênio, como diriam os mais antigos: “domar a natureza da gente”. A humildade clareia a mente. Diferente da submissão que paralisa, a humildade faz avançar. É a tomada de consciência de que sempre é preciso algo mais para se tornar um pouco melhor. A experiência por si só nada diz. Ela precisa vir acompanhada de boas doses de temperança, serenidade e humildade. Aí sim, ela se torna motor de foguete que te lança sempre para um bom lugar.
É isso aí!
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