José Luiz
SALVE OBAMA!
É quase inacreditável, mas aconteceu! Um homem negro, com nome de árabe, filho de um queniano com uma mulher branca vinda do Hawai, alcançou o posto político mais importante do planeta. Teve uma infância conturbada, excêntrica até. Adquiriu ao longo de sua formação valores que fundamentaram sua personalidade a ponto de se tornar um ser pragmático, equilibrado, com habilidade de permanecer centrado mesmo em meio ao caos. Assim, enxerguei aquele homem que, em nenhum momento, despejou reações afetadas, exageradas, gestos truculentos ou de vibração desmedida, perante a multidão. Mesmo depois da vitória, com serenidade falou ao seu povo. Posicionou-se à altura de sua importância. Enquanto falava, milhares de rostos banhados por lágrimas vidravam seus olhos sobre Obama, um líder carismático e que projeta as verdadeiras dimensões da mudança. Ele é a própria mudança. Ao ver aquelas pessoas, imaginei o que se passou em suas cabeças. Certamente, diziam para si mesmas: “Ali está um dos nossos! Se ele pode, eu também posso.”
Nunca na história americana tantas pessoas foram às urnas, considerando que o voto nos EUA é facultativo. Esse fenômeno foi impulsionado pela participação dos negros e latinos que, agora sim, encontravam motivos para deixar cravado na cédula a manifestação de seus desejos. É um exemplo que serve para o mundo inteiro, desde o menino simples da roça até o favelado de uma grande metrópole. Todos podem vencer pela força dinamizadora de seus sonhos.
Bonita também foi a atitude de seu adversário, MacCain, que, ao reconhecer a derrota, conclamou todos os seus eleitores a apoiarem Obama em seu grande projeto de transformações e avanços. Belo modelo a ser seguido. Saber perder, tem hora, que é mais importante que a própria vitória.
Que Deus ilumine a mente dos poderosos líderes mundiais, para que não se percam em meio às vaidades e ambições e façam prevalecer a força da justiça e da igualdade entre os homens.
É isso aí!
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