José Luiz

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Escritores da Liberdade
Um grande amigo indicou-me um filme. Melhor... para ter certeza de que assistiria, mandou-me o dvd. Ele tinha toda a razão. Escritores da Liberdade é um desses filmes que colam na mente para nunca mais sair. A história se passa em uma típica cidade americana, numa escola que vivia sob o regime de integração racial, em que alunos de todas as etnias “conviviam” no mesmo espaço. Na verdade, uma distância abissal separava aqueles jovens. Todos estavam envolvidos em disputas entre gangues. E dentro da sala de aula, o clima era extremamente tenso. Uma jovem professora ousou fazer diferença na vida daqueles meninos e meninas sofridos. Não se deixou em nenhum instante vencer pelo cansaço, pelo negativismo, pelo intransigente pessimismo reinante. Propôs diversas estratégias inovadoras. O que fazer para reduzir as fronteiras que existiam entre aqueles grupos? Levou até eles a história de Anne Frank, a menina judia que viveu escondida dos nazistas durante a segunda guerra e deixou para a posteridade um diário que se tornou um dos livros que melhor retratam as barbáries do holocausto. Com a leitura, conseguiu despertar nos alunos algo que os motivasse a superar suas dificuldades, até que sugeriu que cada um fizesse seu próprio diário, daí surgiram os escritores da liberdade, em que todos relatavam seus conflitos, seus sonhos, suas aspirações. Foram bem além do que eles próprios imaginavam. Trouxeram, inclusive, para uma entrevista na escola, a mulher que abrigou Anne Frank naqueles anos tenebrosos, a simpática e corajosa Mip Gies. Os textos deram origem a um livro que foi publicado em 1999, tornando-se referência de prática bem sucedida no campo da educação. Um número bem maior de alunos naquela escola, a partir desta experiência, conseguiu terminar o colegial e chegar à faculdade, graças à determinação de uma moça que ousou acreditar no potencial dos estudantes, na capacidade de transformação e no seu papel de agente de motivação para a boa mudança. Escritores da Liberdade é uma bela história de vida que nos mostra como as palavras podem emancipar as pessoas e de que forma a educação, a cultura e o conhecimento são as bases para que um mundo melhor realmente se efetive. Espelhado no belo exemplo da professora Erin, nesta semana em que comemoramos o Dia do Professor, dedico aos nossos queridos mestres, o meu sincero e justo reconhecimento por tudo o que têm feito em favor de nossas crianças, jovens e adultos.

É isso aí!

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