José Luiz
COMPETITIVIDADE
Desde que o mundo é mundo existe o dogma da competitividade. Há disputas em todos os segmentos sociais. Até no reino animal, há embates acirrados por uma posição de destaque no grupo. Antes, munidos por ossos e pedaços de pau, os seres humanos mantinham suas contendas pelos melhores pedaços de carne, ou pela melhor gruta para servir como proteção contra as intempéries. Hoje, equipados com ferramentas mais sofisticadas - nem sempre mais éticas -, os homens lutam por um lugar ao sol, por uma posição que lhe garantam comodidade e conforto.
As pessoas são tão ávidas pela competição que se apaixonam fervorosamente pelas equipes de futebol, buscando no processo tão somente vencer os adversários, chegar na frente, ser o campeão. É o que dá prazer. Há até a liberação do uso de uma certa malandragem institucionalizada em tudo isso. O sujeito que dribla o outro, passa a bola pelo meio de suas pernas, simplesmente o enganou. Fingiu ir para um canto e foi por outro. É a lógica do improvável. Você deixa o oponente no chão, mas logo em seguida, ele está em condições de reerguer-se e tornar a lutar.
É preciso ser empreendedor, ousado, arrojado nas relações. Tudo, porém, sem querer “arrancar os olhos” do concorrente. Para mim, uma coisa é inconcebível: usar de má-fé, de intenções escusas em detrimento dos mais fracos, de querer vencer a qualquer custo, atropelando a tudo e a todos, como se vivêssemos num campo minado, numa trincheira de guerra. O maquiavelismo das disputas vale até certo ponto. Nem sempre os fins justificam os meios. A vida não é simplesmente um jogo de vale-tudo. Aquele que você superou na equipe adversária, pode estar ombro a ombro, lado a lado, amparando-te na temporada seguinte. Aqui também se travam boas relações, também se têm momentos de cordialidade. Não se vive sem afeto, por isso o respeito mútuo é fundamental. Que pensemos muitas vezes antes de falar ou praticar algo negativo a respeito de alguém, na tentativa de desmerecê-lo. Saber competir é vital. É sinal claro de sapiência.
É isso aí!
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