José Luiz
Como as Olimpíadas são surpreendentes! Vimos mais de uma vez os holofotes serem direcionados para um grande atleta e seu desempenho não corresponder à expectativa e um outro, que até então estava relegado ao ostracismo, conseguir superar seus limites e trazer todas as atenções para seus resultados. Isso ocorreu com o nadador Tiago Pereira que conquistou seis medalhas de ouro no Panamericano e monopolizou a mídia em torno de seu nome e faturou muito em merchandising, explorando sua imagem positiva de vencedor, mas quem brilhou de fato nos Jogos de Pequim foi o pouco conhecido César Cielo, que sai vitorioso com duas medalhas no peito. Isso vem comprovar que, no decurso da história, o patinho feio pode virar cisne ou vice-versa. Depende do entusiasmo, da vontade e coragem em superar obstáculos, suplantar desafios, não esmorecer diante das dificuldades. Digo ainda que Tiago não é um perdedor, pois soube como poucos usufruir de seu sucesso momentâneo e com sua tenra idade ainda pode ir muito longe. Ele conseguiu classificar-se entre os oito melhores nadadores do planeta, o que não é pouco.
É claro que têm situações óbvias demais, como o caso do também nadador Michael Phelps, que é um fenômeno, uma lenda, da história do esporte mundial. Superou-se o tempo todo, quebrou todos os recordes possíveis. Tenho a mais cristalina convicção de que episódios assim aconteçam justamente por pessoas como Phelps terem plena consciência de sua potencialidade e uma elevada auto-confiança que o motiva a ir cada vez mais longe. Vemos favoritos caírem, porque a pressão psicológica foi maior que o auto-controle emocional. É preciso treinar não só o físico, mas também a psique, para que ambos estejam trabalhando em fina sintonia, em uníssono, possibilitando que haja precisão e confiança na execução de seus movimentos.
São exemplos que podemos ousar em carregar para nosso cotidiano. A atitude do vencedor começa pela sua fé. É preciso acreditar-se capaz. Persistência e confiança, disciplina e ânimo, podem fazer a diferença entre o pódio da existência e a poeira do esquecimento.
É isso aí!
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