José Luiz

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PÉS NO CHÃO E CORAÇÃO NA UTOPIA.


É preciso ter os pés no chão, mas o coração na utopia. Assim, o renomado autor que fez a palestra de abertura do Encontro de Educadores 2008, em Frutal, professor Celso Vasconcellos, definiu bem como deve ser o procedimento humano diante do desafio de viver. Ter consciência de sua atuação social, de seu papel dentro do contexto, como ator de uma história inacabada, é fundamental para se criar um solo propício que possa suportar a propulsão dos altos vôos. Com a solidez de um alicerce bem edificado é possível arriscar mais, tentar ir mais longe, sem temer tanto as dificuldades e surpresas do novo, do inusitado.

É imprescindível que adquiramos coragem para colocarmos o coração na utopia, no sonho. Ao sujeito que deseja ir além, cabe vencer a insegurança, os anseios provocados pela expectativa de uma mudança. Mas de que vale a vida, sem o aroma da novidade, sem o frescor de novos encontros, de novas experiências? Imagine-se num ambiente seco, estéril, desértico. Supomos que seja o que você tenha. Então, tudo o que vier será além do que já vislumbra. Imagine-se agora escravo de um bom senhor. Ao se desvencilhar dos grilhões, vem o medo de ser responsável pela própria subsistência, e faz-se a opção de permanecer estagnado, na zona de conforto inabalável, escolhe dormir no berço esplendido da senzala emocional. Foi o que aconteceu e acontece simbolicamente com tanta gente.

É importante que corramos riscos, calculados, se for esta nossa escolha. Ao coração não se deve impor barreiras: ele não foi feito para as correntes. Suportemos a perda de alguns dobrados para, em conseqüência de nossos bons atos, confrontarmo-nos com um tesouro muito maior: o da realização pessoal, da satisfação de ter tentado. Assim, jamais perturbará seu sono o sentimento do fracasso de nunca ter arriscado nada na vida.

É isso aí!

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