PROBLEMAS, QUEM NÃO OS TEM?
A vida definitivamente não é para
amadores. Tudo está maravilhoso, as coisas indo bem, dívidas sendo quitadas,
vidas reencontradas. De repente, uma doença que chega sem pedir licença, uma
preocupação que brota sem pestanejar, um acidente impensado. As coisas viram de
cabeça para baixo, desestabilizando vidas, emperrando caminhadas.
Aí, vem a necessidade de buscar a
adaptação a uma nova realidade, a intensa vontade de não se perder em meio às
perdas, de não se deixar levar pelo desespero. Um esforço descomunal é exigido
para não permitir que a fé se esvaia, que a esperança ainda brote em troncos
cortados, maltratados.
Essa capacidade humana de carregar
altivez quando tudo conspira contrário é admirável. Esse caráter extraordinário
de seres que a tudo suportam e, no lugar de reclamar e ficar em estado de
lamúria, resistem e se apegam à menor possibilidade de vitória e resgate e
seguem o comboio, avançam na caravana.
Tenho apreço especial por gente que
não se entrega e sabe sofrer. Que choram sim e vivem o período de luto tão
natural nas perdas, mas não deixam atrofiar o espírito e se renovam, e
aprendem, e se lançam adiante. Sabem bem que, daqui a pouco, novos
enfrentamentos surgirão e outras batalhas precisarão ser vencidas. Não há nada
capaz de impedir a impetuosidade da existência, nem nos livrar de males que só
nós poderemos passar por eles. Não há como terceirizar os problemas, pois são
matéria-prima que compôem tecido da vida. A nós pertence e só há um jeito de
superar: enfrentando com galhardia, honra e dignnidade o que nos cabe. E segue
o baile!
É isso aí!
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