MODERNIDADE
Modernidade é o que há de novo, é o que vivemos na atualidade, um tempo de descobertas, pressas, tecnologias, avanços e, por vezes, retrocessos. Nunca, na história da humanidade, houve um período tão avassalador e de impactos tão contundentes no modo de viver dos homens quanto agora. Estamos meio que perdidos em meio a este ciclone. Pais que ainda não sabem como lidar com tamanha evolução tecnológica, empresários, professores, todos ainda se encontrando neste furacão tecnológico. O que é certo é que a tecnologia não aprimora o ser, não torna a pessoa mais sábia, se assim ele não pretender. De nada adianta ter as ferramentas mais educadoras do planeta, se pretende usar a tecnologia e permanecer na escuridão da idade média, sem avançar na mente, no jeito de pensar, na superação de preconceitos. Esta modernidade traz avanços em todos os campos: novos materiais, novos inventos, e principalmente no uso de mídias sociais, redes, canais, tudo o que a internet possibilita.
A modernidade é o tempo em que vivemos. E sobre ele agem todas as forças. Um tempo de novos pensamentos. É o hoje que nos leva a refletir sobre ações dos agentes públicos, na educação dos filhos, nas relações sociais. O pensamento humano, a reflexão sobre tudo o que está ocorrendo formará certamente uma nova sociedade. Espero sinceramente que uma sociedade melhor. Vivemos tempos de extrema intolerância, porém também passamos por um período em que se discutem como nunca os direitos das minorias, a igualdades entre as pessoas, o respeito à diversidade. Após o advento da revolução industrial, das duas grandes guerras, da guerra fria, da corrida espacial, da chegada definitiva da potência chinesa, do radicalismo islâmico, de tantos outros episódios históricos, o mundo passa por um período de transição sem precedentes, visto que toda a conjuntura histórica passa por transformação. Há uma busca por uma nova ordem social, um novo arranjamento político, econômico. E nós estamos aqui em meio a todo este furacão, meio sem rumo, sem eixo, sem norte. Com exceção dos regimes totalitários, felizmente, o homem hoje é bem mais livre, em manifestações ou ações na vida cotidiana, podendo posicionar-se, inferir na sociedade em que vive. Vivemos numa época de rupturas com a tradição, desde o caráter religioso que fundamentou os princípios da sociedade ocidental judaico-cristã, até as relações que se estabelecem nas famílias, nas empresas, no governo, na educação, em todo campo da existência humana.
Não nos atrevemos a debater com profundidade o tema da modernidade, visto que exigiria muito tempo e um mergulho profundo no tema. Aqui, de forma bem superficial, ousamos fazer alguns apontamentos, questionamentos e direções. A modernidade nos faz abrir mais a mente, compreender este tempo de urgências, da chegada de ferramentas tecnológicas jamais imaginadas, mas que a maioria de nós ainda não sabe o que fazer com elas. O que não podemos é nos deixar acometer pelo medo em nos adaptar, para enfim evoluir, para sofrer menos, sobretudo fazendo uso da ética no manuseio das novas tecnologias que são despejadas aos montes todos os dias.
A modernidade chegou, a tecnologia avançou, mas ainda há tanta miséria, tanta desigualdade, tanta injustiça social. É primordial promover a atenção às pessoas de forma ampla e irrestrita, para que todos tenham direitos garantidos e autonomia para avançar na vida. Também, é urgente valorizar as pessoas, mais que as coisas. As coisas devem servir à humanidade, não o contrário. A modernidade ao mesmo tempo em que colocou as pessoas mais próximas, por meio das redes, também produziu um mundo egoísta, adoecido, com uma gama de seres humanos frágeis, acometidos pela dor da depressão e outras doenças psíquicas modernas. É um tempo de aflição, de sofreguidão, de angustia. Precisamos nos redescobrir, nos reinventar. O mestre da modernidade, pensador René Descartes, disse que basta ajuizar bem para bem fazer, e julgar o melhor que nos seja possível para fazermos também o nosso melhor. Quem faz o melhor, em qualquer tempo, sempre consegue o melhor.
É isso aí!
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