José Luiz

09:58 José Luiz 1 Comments

Amargor

Temos de nos atentar para nossas reações perante algumas circunstâncias na vida. Como será que temos ido aos nossos compromissos? Já previamente armados contra tudo e todos, com a acidez de nossos pensamentos e palavras prontos para açoitar quem quer que seja? Quando é para rir, dou risada ou acho tudo ridículo? Quando tentam burilar minha emoção com alguma história comovente, deixo brotar o sentimento ou comporto-me friamente, criticando os “manteigas derretidas” de plantão? Tenho tido prazer ao assistir um filme, bater um bom papo, assistir uma partida de futebol, ou acho tudo uma grande perda de tempo?

O coração é um bicho danado, merece ser cuidado o tempo todo. Se brincar, corremos o risco de irmos, aos poucos, tornando-nos um depósito ambulante de fel, prontos a apontar defeitos e despejar maledicências, desmerecendo as pessoas, diminuindo os amigos, esfacelando-se como gente. Difícil conviver com quem age deste jeito. Criam atritos no trabalho, na escola, no ambiente familiar, em todo canto. Depois de passarem por diversos problemas semelhantes, enviesarem-se com muita gente, criarem rusgas por simples falta de tato, tolerância ou uma malograda tempestividade, vão se autoproclamando injustiçados, eternos incompreendidos, como se o mundo fosse o único e irrepreensível responsável e nada pudesse ser feito para o próprio aprimoramento humano. É uma pena!

Quando nos estacionamos feito postes, incólumes, impassíveis, totalmente adversos às mudanças e não conseguimos nos enxergar pequenos, falhos, com características a serem aperfeiçoadas, com defeitos a serem corrigidos, é um sofrimento só. De tempos em tempos é preciso fazer uma autoanálise profunda, para averiguar nosso processo de crescimento, para tirar nossas teias de aranha, para limpar nossas ferrugens localizadas, retirar nossos “zinabres” interiores, dar um lustro na alma. Só assim, poderemos ser um pouco mais felizes.

É isso aí!

1 comentários:

Yussef disse...

Uma interessante coincidência entre o que tu muito bem escreveu e o que faço no momento: "dar um lustro".
Abraços