José Luiz

08:55 José Luiz 0 Comments

UPGRADE

Nesta vida a gente vai passando pelas pessoas, pelas coisas e nem percebe as insofismáveis transformações. As matas que cruzava para ir à escola já não existem mais. Onde proliferavam pés de gabiroba e pitanga, hoje tem casas, asfalto e muito calor. Meus amigos de infância mudaram muito, uns de aparência, outros também de lugar, de condição social, de dimensão. A metamorfose que gradativamente vamos vivendo vai nos alienando, anestesiando-nos do efeito impactante das mudanças que o mundo sofre. Tanta coisa chega ao mesmo tempo, de maneira arrebatadora, que nem nos damos conta. Há alguns anos jamais imaginava ser possível ver realidade aquilo que assistia em Jornadas nas Estrelas, com as pessoas vestidas com umas roupas futuristas, prateadas, coladinhas, conversando por aparelhos ultramodernos que os permitia ver uns aos outros enquanto se falavam. Incrível! A tecnologia moderna também nos permite fazer a mesma coisa. Vide o 3G. Com a vantagem absoluta de não ter de usar aqueles modelitos que deviam arrochar tudo.

Não podemos nos tornar tão alheios a ponto de permanecer impassíveis diante das transformações profundas e radicais. Isso tudo aconteceu muito rápido. Imagine o mundo trinta anos atrás. Infantes pueris, pensávamos que os homenzinhos moravam dentro da TV que acabava de chegar em casa. Hoje, as crianças já nascem conectadas e com endereço no MSN. A evolução tecnológica veio, fincou raízes e não tem volta. Nós, neandertais da computação, precisamos nos adaptar para não ficar para trás.

E o espírito humano? Avançou na mesma velocidade? Certamente sua resposta será negativa. Quem dera pudéssemos desenvolver programas avançados - ou softwares, como queiram - para dar aquele “upgrade” nas relações humanas. Este jargão tão utilizado para determinar a modernização ou atualização de um objeto da informática bem que poderia servir como ferramenta para enriquecer o poder da convivência, da tolerância, da quietude e mansidão, do amor. É esperar para ver. Enquanto esperamos que plantemos flores.

É isso aí!

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