José Luiz
Sândalo
A árvore do sândalo (Santalum Album) é originária da Índia e atualmente também é plantada em outros lugares do mundo, em especial na América. Sua madeira é conhecida por seu entalhe para esculturas e porque dela se obtém óleos voláteis aromatizantes que são usados em perfumaria e rituais hindus. É uma das especiarias mais conhecidas da antiga Índia. Siddhartha Gautama, o Buda, orientou que fôssemos, pois, como sândalo que, ao receber os golpes de machado em seu tronco, perfuma até mesmo quem o fere. Quando o machado o corta, em sua lâmina permanece o aroma que perdura por muito tempo. Esta metáfora deveria ser aplicada continuamente em nossas vidas. Ao sermos supostamente atingidos por alguma “ferramenta cortante” deveríamos ser grandes o bastante para assimilar a dor e deixar impregnadas nossas marcas da tolerância e perdão. Fica sempre um pouco de perfume nas mãos que oferecem rosas. Ofertar o bem faz bem. Como um bumerangue que atiramos, o bem - assim como o mal - sempre volta para nossa direção. É nossa única e intransferível escolha. Façamos, então, aquela que convém.
Figuras como Jesus Cristo, o maior de todos, Gandhi e Buda e mais uns poucos privilegiados compõem uma plêiade de personalidades raríssimas que deram exemplos de que é possível levar a mensagem do amor, mesmo debaixo de muito martírio. São seres dotados de caráter extraordinário que suportaram esvaecer suas próprias vidas em favor de projetos grandiosos que abarcavam toda a humanidade. O nível de aceitação ao sofrimento e de entendimento de suas missões é algo incomensurável dentro da história. Eram sândalos na mais pura essência da mensagem. Mesmo apedrejados saiam a presentear o mundo com a fragrância mais preciosa.
Sei que é um pouco, ou muito, temerário indicar que sigamos e tenhamos como paradigmas estes grandes personagens da história. Parece uma tarefa árdua demais para simples mortais. Porém, sei também que o melhor é ter como guias permanentes de nossa trajetória, os melhores. Assim, poderemos avançar um pouco mais na tão propalada evolução humana.
É isso aí!
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